“Chora, negrada vitimista”, diz Sérgio Camargo após deixar Palmares
Camargo deixou a presidência da fundação na última semana para concorrer nas eleições deste ano. Durante a gestão, acumulou polêmicas
atualizado
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Sérgio Camargo, ex-presidente da Fundação Palmares, compartilhou, na tarde desse sábado (2/4), uma publicação nas redes sociais sobre a saída do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na postagem, Camargo escreveu “Chora, negrada vitimista”, ao lado de uma imagem com notícias veiculadas na imprensa sobre sua exoneração do cargo de presidente da Fundação Palmares.
Ele deixou o comando do órgão na última semana para disputar cargo de deputado federal nas eleições de outubro. Camargo se filiou ao PL, mesmo partido de Bolsonaro.
“Sou o terror dos afromimizentos e libertei e Palmares kkk. A batalha continuará na Câmara Federal”, diz trecho da imagem compartilhada por Sérgio Camargo.
Chora, negrada vitimista! 🇧🇷🤣✌️ pic.twitter.com/vHpVBHhstO
— Sérgio Camargo (@CamargoDireita) April 2, 2022
Neste domingo (3/4), Camargo voltou às redes sociais para dizer que vai “detonar” a “militância vitimista”, que chamou de “porcaria”.
“Sou pré-candidato a deputado federal por São Paulo e vou detonar o discurso e as pautas da militância vitimista. Chega dessa porcaria! Negros não precisam ser vítimas. Negros não precisam ser de esquerda. Negros são livres”, disparou.
Durante o comando da Fundação Palmares, que teve início no fim de 2019, Camargo foi criticado por falas contra o movimento negro e se envolveu em várias polêmicas.
Em uma das últimas colocações nas redes sociais, manifestou-se sobre a morte do congolês Moïse, assassinado por cobrar diárias de trabalho em quiosque no Rio de Janeiro. Ele definiu o homem como “vagabundo morto por vagabundos mais fortes”.