Chomsky: tentativa de golpe em 8/1 foi “mais organizada” que nos EUA
Para o renomado professor americano, Noam Chomsky, Bolsonaro ficar nos EUA pode ser “melhor para o Brasil” após tentativa de golpe falho
atualizado
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![Foto colorida mostra ação de policiais durante atos golpistas e antidemocráticos em Brasília em 8/1 Alexandre de Moraes - Metrópoles](/_next/image?url=https%3A%2F%2Ffly.metroimg.com%2Fupload%2Fq_85%2Cw_700%2Fhttps%3A%2F%2Fuploads.metroimg.com%2Fwp-content%2Fuploads%2F2023%2F01%2F09091025%2FSSP-DF-orientou-PM-a-agir-contra-bolsonaristas-2-dias-antes-de-atos-terroristas-e-confirma-neglige%25CC%2582ncia.jpeg&w=3840&q=75)
O renomado professor e linguista norte-americano, Noam Chomsky, disse que a tentativa de promover um golpe de estado nos Três Poderes, em 8 de janeiro, foi “mais organizada e planejada” que os ataques ao Capitólio nos Estados Unidos (EUA), após derrota de Donald Trump em 2021.
Em entrevista ao portal UOL, Chomsky disse que o posicionamento contrário do presidente norte-americano, Joe Biden, a uma possível ruptura democrática no Brasil foi “um fator central para evitar o golpe”.
Chomsky também acredita que a permanência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Flórida, Estados Unidos, pode ser “melhor para o Brasil”. Bolsonaro é alvo de investigações no Brasil por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
“Eu espero que ele fique na Disney. Ele causa menos dano lá. Até para sua reputação, ele fica na Disney enquanto seus apoiadores estão sendo colocados na cadeia. Isso pode ter um efeito. Ele tem ficado em silêncio e pode causar menos dano. Ele pode ser extraditado. Mas espero que não seja”, declarou.
Durante a entrevista, ele também citou a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos Estados Unidos para reunião com Biden e figuras políticas norte-americanas. O presidente embarca na manhã desta quinta-feira (9/2) a caminho de Washington.
Segundo ele, Lula conseguirá reconstruir o protagonismo do Brasil no mundo se priorizar a relação com os EUA, país com elevado nível de poder e influência internacional. “Acredito que a viagem será uma tentativa de ter uma posição clara de que o Brasil está retornando ao palco internacional e que quer cooperar com os EUA”, afirmou.