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Chiquinho Brazão não conclui depoimento, que será retomado na terça

O STF começou a ouvir, nesta segunda-feira (21/10), os réus suspeitos de serem os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson

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Imagem colorida de audiência com Chiquinho Brazão no caso Marielle
1 de 1 Imagem colorida de audiência com Chiquinho Brazão no caso Marielle - Foto: Reprodução

O gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), começou a audiência, nesta segunda-feira (21/10), para ouvir os cinco réus acusados de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes. No entanto, problemas na internet acabaram por complicar os interrogatórios dentro da ação penal que investiga o caso.

O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido) foi o primeiro e único a ser ouvido da lista. No entanto, o depoimento dele não chegou a ser concluído. Preso desde março, no Presídio Federal de Campo Grande (MS), Chiquinho começou a falar, mas sua oitiva foi interrompida diversas vezes por problemas na internet. A conexão caía sem que ele pudesse concluir as falas.

Às 19h, a sessão foi encerrada pelo juiz auxiliar de Alexandre de Moraes, Airton Vieira. Os depoimentos vão prosseguir nesta terça-feira (22/10), às 13h. Depois de Chiquinho, serão ouvidos o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Inácio Brazão; o delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa de Araújo Júnior; e o policial militar Ronald Paulo de Alves Pereira.

Eles são réus por homicídio qualificado no caso de Marielle e Anderson e por tentativa de homicídio no caso de Fernanda Chaves, assessora da vereadora que estava no carro no momento do ataque.

Além disso, Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe, responde por organização criminosa e também participará de oitiva. Todos foram tornados réus pela Primeira Turma do STF sob a suspeita de planejar o assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018.

Declarações

Antes de a internet cair em definitivo, Chiquinho declarou que a morte de Marielle foi resultado de uma “maldade”. Segundo ele, a vereadora tinha “um futuro brilhante” e era uma “pessoa muito amável”.

Durante seu depoimento, afirmou que nem ele nem seu irmão, Domingos Inácio Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, conheciam os assassinos confessos Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz.

“Nunca tive contato com Ronnie Lessa. As pessoas são anônimas para você muitas vezes. Não tenho dúvida de que ele poderia me conhecer, mas eu nunca na vida tenho lembrança de ter estado com essa pessoa”, declarou o parlamentar ao ser questionado por pelo juiz auxiliar Airton Vieira.

Chiquinho também defendeu o irmão, alegando que Domingos Brazão sequer sabia da existência de Marielle Franco antes do crime. “Meu irmão comentou: ‘O que tão sério fez essa jovem para um crime tão grave?’. Ele não conhecia, não sabia da existência dela”, disse.

O deputado reforçou a boa relação que mantinha com a vereadora e, emocionado, lamentou a morte trágica de Marielle. Durante o depoimento, Chiquinho chorou ao falar da família e de sua rotina antes da prisão, recordando suas idas à igreja e o trabalho comunitário que sua família desempenhava, especialmente em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

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