China sobe tom e acusa EUA de tentar sabotar parceria no 5G
Embaixada chinesa reage às autoridades dos Estados Unidos, que levantaram suspeitas sobre adoção da tecnologia 5G da Huawei no Brasil
atualizado
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A representação diplomática da Embaixada da China no Brasil subiu o tom neste sábado (7/8) em reação às declarações de representantes dos Estados Unidos, que insinuaram suspeitas e “fortes preocupações” caso o Brasil adote a tecnologia 5G da Huawei.
Em nota divulgada em seu site oficial, a embaixada acusa os americanos de atacarem as empresas chinesas com objetivo de “difamar a China e cercear as empresas chinesas de alta tecnologia” e de “sabotar a parceria sino-brasileira”.
A manifestação da representação chinesa ocorre na esteira da visita, realizada na última quinta-feira (5/8), de equipe de autoridades americanas liderada pelo conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, a Brasília.
Em nota emitida na noite da última sexta-feira (6/8), segundo o jornal O Globo, Tobias Bradford, porta-voz da Embaixada dos EUA no Brasil, informou que ele e a equipe discutiram, entre outros pontos, o 5G, e levantou suspeitas sobre as tecnologias da Huawei.
“Os Estados Unidos continuam a ter fortes preocupações sobre o papel potencial da Huawei na infraestrutura de telecomunicações do Brasil, bem como em outros países ao redor do mundo”, dizia a nota americana.
Há ainda outro contra-ataque na nota da embaixada chinesa, para quem os Estados Unidos são “o maior ‘império de hackers’ do mundo e constituem verdadeira ameaça à segurança cibernética global”.
“Acreditamos que o Brasil vai fornecer regras de mercado em sintonia com os parâmetros de transparência, imparcialidade e não discriminação para empresas chinesas e de qualquer outra nacionalidade, bem como continuar a manter um bom ambiente de negócios para a cooperação econômico-comercial sino-brasileira”, acrescentam os diplomatas chineses.