China é criticada em seminário virtual no Senado sobre o coronavírus
Parlamentares como Osmar Terra e convidados como o colunista Rodrigo Constantino expressaram visão crítica sobre a pandemia
atualizado
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As origens do coronavírus e a preparação para um futuro pós-pandemia foram temas de um seminário virtual transmitido por um canal do Senado no YouTube, que reuniu parlamentares e convidados, a maioria com uma visão crítica às políticas de combate ao vírus feitas por governos e coordenadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
“A dependência da OMS com a China interfere na precisão das informações repassadas sobre o coronavírus ao restante do mundo”, disse o economista e escritor Rodrigo Constantino, que avaliou o rompimento dos Estados Unidos com a entidade como uma “medida necessária”.
“Se a China tiver maquiado seus dados, isso vai impactar diretamente nas políticas que o Brasil e o mundo terão que adotar no combate à pandemia da Covid-19 e daqui para frente”, alertou ainda o deputado estadual Heni Ozi Cukier (Novo-SP).
Crítico das medidas de isolamento social para lidar com a pandemia, o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) fez uma previsão sombria: “Vamos enfrentar uma segunda onda de doenças e mortalidades devido ao alarmismo que os governantes fizeram com informações erradas e imprecisas. O medo que se colocou na população fez com que as pessoas postergassem por não quererem passar perto de um hospital novamente”, avaliou ele no evento, organizado pelo Instituto Legislativo Brasileiro (Interlegis).
Com uma visão um pouco diferente, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) defendeu que “as medidas para equacionar esses problemas são o centro deste debate, não cabendo mais a previsão negacionista de que essa crise seria passageira, rápida e de pequeno impacto”.
Diretor executivo do Interlegis, Márcio Coimbra avaliou que a pandemia é uma oportunidade para o Brasil ter mais opções no mercado externo.
“Já é possível sentir um distanciamento entre Pequim e Brasília, um movimento impulsionado pela tendência mundial que pode levar nosso país a diversificar seus parceiros comerciais e, com isso, diminuir a dependência comercial do Brasil com a China”, avaliou.