China e Brasil fazem coisas que “reverberam no mundo”, diz Lula
Lula lembrou que relação entre os dois países é antiga e frisou que visita de Xi reforça “ambição e renova pioneirismo do relacionamento”
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira (20/11) que a visita de Estado do líder chinês, Xi Jinping, “reforça a ambição e renova o pioneirismo do relacionamento” entre o Brasil e a China. Lula lembrou que a relação entre os dois países é antiga. “O que China e Brasil fazem juntos reverbera no mundo”, completou o petista.
“O presidente Xi e eu decidimos elevar a Parceria Estratégica Global ao patamar de Comunidade de Futuro Compartilhado por um Mundo mais Justo e um Planeta Sustentável”, prosseguiu Lula em declaração à imprensa após uma reunião entre as autoridades dos dois países.
Lula completou revelando as metas de cooperação para os próximos 50 anos. “Estamos determinados a alicerçar nossa cooperação pelos próximos 50 anos em áreas como infraestrutura sustentável, transição energética, inteligência artificial, economia digital, saúde e aeroespacial”, completou.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil. Este encontro visa aproximar ainda mais os dois países, após uma visita de Lula ao país asiático em 2023. Esta é a terceira visita de Xi Jinping ao Brasil. Ele esteve no território brasileiro em 2014, no governo Dilma, e em 2019, no governo Bolsonaro.
Xi passou pelo Rio de Janeiro para participar da reunião de cúpula do G20, presidido em 2024 pelo Brasil, e desembarcou em Brasília na tarde de terça-feira (19/11), recepcionado por ministros do governo Lula.
Nesta quarta, ele foi recebido com honras militares no Palácio da Alvorada por Lula e pela primeira-dama Janja. Segurando bandeiras, crianças chinesas que moram no Brasil receberam os chefes de Estado. Houve ainda uma apresentação musical e a execução dos hinos nacionais dos dois países.
37 acordos
Os dois líderes firmaram um total de 37 acordos. Os temas incluem aberturas de mercado para produtos agrícolas, intercâmbio educacional, cooperação tecnológica em várias áreas, comércio e investimentos, infraestrutura, indústria, energia, mineração, finanças, comunicações, desenvolvimento sustentável, turismo, esportes, saúde e cultura.
Também há um protocolo sobre sinergias relacionadas à Belt and Road (o Brasil não aderiu em pleno à iniciativa).
Lula frisou que, no plano regional, ele e Xi trabalharão juntos para dar seguimento ao Diálogo Mercosul-China e discutir o aprofundamento da cooperação na área de investimentos.
O presidente brasileiro ainda disse esperar receber o presidente Xi Jinping no Brasil em 2023, para a Cúpula do Brics (bloco fundado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em julho, e para a Conferência do Clima das Nações Unidas (COP30), em novembro. “E estou ansioso para visitar a China novamente, por ocasião do Fórum China-CELAC”, finalizou.