Chile convoca embaixador do Brasil após Bolsonaro criticar Boric
Presidente brasileiro acusou o chileno de “queimar o metrô” durante protestos realizados em 2019
atualizado
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O Chile convocou em protesto, nesta segunda-feira (29/8), o embaixador brasileiro em Santiago para prestar esclarecimentos após as falas do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), sobre o chefe do Executivo chileno, Gabriel Boric (foto em destaque), durante o debate desse domingo (28/8).
Em suas considerações finais, Bolsonaro acusou o líder do Chile de atear fogo em metrôs durante as manifestações no país, em outubro de 2019.
A chanceler do Chile, Antonia Urrejola, classificou as declarações de Bolsonaro como “inaceitáveis”, e afirmou que elas “não condizem com o trato respeitoso que se deve aos chefes de Estado, tampouco com as relações fraternas entre os países latinoamericanos”.
“Consideramos essas acusações gravíssimas. Obviamente são absolutamente falsas e lamentamos que em um contexto eleitoral as relações bilaterais sejam aproveitadas e polarizadas por meio da desinformação e das notícias falsas”, disse, em comunicado.
O governo chileno, segundo a chanceler, está “absolutamente convencido de que esta não é a maneira correta de fazer política quanto se trata de dois chefes de Estado democraticamente eleitos”. Ela classificou a relação de Bolsonaro e Boric como “respeitosa, apesar da diferença ideológica”.
Durante o debate, o mandatário brasileiro citou países vizinhos, fazendo críticas ao governo da Venezuela e à postura do mandatário chileno.
“Lula também apoiou o presidente do Chile também, o mesmo que praticava atos de tacar fogo em metrôs lá no Chile. Para onde está indo nosso Chile?”, questionou o atual presidente do Brasil.