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Cheiro de maconha em dinheiro leva polícia à esquema de tráfico no RJ

Grupo criminoso usava empresas fantasmas para lavar dinheiro do tráfico de drogas. Em um dos casos, foram depositados R$ 2,2 milhões

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Notas de dinheiro – BrasÌlia(DF), 06/10/2015
1 de 1 Notas de dinheiro – BrasÌlia(DF), 06/10/2015 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O cheiro de maconha em cédulas de dinheiro levou a Polícia Civil do Rio de Janeiro a um esquema de tráfico de drogas que funcionava em três estados. Uma única empresa que teria sido usada na lavagem de dinheiro chegou a receber R$ 2,2 milhões.

A Justiça determinou a prisão de oito pessoas no Rio, em São Paulo e no Paraná, que são alvo de uma operação neste sábado (25/05/2019). A investigação começou após dois homens — um deles conhecido como “Tubarão” — serem detidos no dia 28 de janeiro em uma agência bancária na Barra da Tijuca, bairro nobre carioca, enquanto tentavam fazer um depósito de R$ 99,6 mil em espécie em um caixa eletrônico.

O forte cheiro de maconha das notas chamou a atenção da polícia, que então começou os trabalhos que resultaram na operação deste sábado (25/05/2019). Uma empresa envolvida no suposto esquema recebeu 38 depósitos em espécie com valores entre R$ 50 mil e R$ 85 mil, no período de outubro de 2018 a março deste ano.

O caso levou a polícia a desarticular o esquema de lavagem de dinheiro de traficantes no Morro do Borel, no Rio de Janeiro. Com base nas primeiras informações da 19ª Delegacia Policial, os depósitos foram efetuados em todas as regiões do Brasil.

Três pessoas foram presas em Curitiba acusadas de serem laranjas do esquema. Outros dois suspeitos acabaram detidos em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Além dos pedidos de prisão, seis mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça.

“Esta é uma primeira fase da operação que começou há três meses, e mira o esquema financeiro das quadrilhas. Do Morro do Borel, descobrirmos um esquema grande envolvendo empresas fictícias em outros estados”, explicou a delegada Cristiana Bento, titular da 19ª DP (Tijuca), ao canal de notícia Globo News.
A operação batizada de “Shark Attack” (ataque de tubarão, em inglês) é uma alusão ao episódio que deu início às investigações.

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