“Chegaram ao limite”, diz Bolsonaro sobre greve dos caminhoneiros
O pré-candidato à Presidência da República ainda ressaltou que rechaça seu nome ligado ao desejo de intervenção militar
atualizado
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O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) disse disse que a paralisação de parte dos caminhoneiros chegou ao limite. Apesar de entidades sindicais anunciarem o fim do movimento, muitos motoristas permanecem parados em estradas brasileiras, principalmente no Sul e o Sudoeste. “Não se pode querer eliminar o carrapato matando a vaca. Chegamos a um limite com essa questão e não vou mais apoiar esticar essa corda”, afirmou o parlamentar, na manhã desta terça-feira (29/5), em entrevista à rádio BandNews FM.
O pré-candidato à Presidência da República ainda ressaltou que rechaça seu nome ligado ao desejo de intervenção militar. Nas rodovias, muitos caminhoneiros dizem ser eleitores do deputado e querem a volta das Forças Armadas ao poder. “Eu nunca fui de falar em intervenção militar. Muita gente tem saudades dos valores daquela época e eu respeito isso”.
Por fim, o parlamentar carioca ressaltou não ser justo que um movimento, por mais legítimo que seja, traga consequências irreversíveis à população. “Eu entendo que eles queiram atingir a minha classe política, que é um desastre, e o governo Temer, que é um desastre, mas não podemos deixar que se quebre o Brasil”.
Acordo
Na noite do domingo (27), o presidente Michel Temer anunciou a redução de R$ 0,46 no preço do diesel nas bombas por 60 dias e que Petrobras só irá reajustar os preços praticados a cada 30 dias.
“Fomos ao limite para reorganizar a situação. Não é o governo que estabelece o preço do petróleo; as commodities subiram no mundo inteiro e não temos condições fiscais de ir além disso. O mundo inteiro está pagando mais caro pelo petróleo. O governo não fará nenhum controle de política de preços. Isso é com a Petrobras”, reforçou o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, em coletiva de imprensa concedida nessa segunda (28)