Chegada de Eike a presídio interrompe visita de parentes a presos
Quando empresário chegou ao presídio, havia uma fila de cerca de 50 pessoas, que entregavam aos agentes penitenciários objetos e alimentos
atualizado
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A chegada do empresário Eike Batista na manhã desta segunda-feira (30/1) ao Presídio Ary Franco, em Água Santa, na zona norte do Rio de Janeiro, interrompeu temporariamente as visitas das famílias aos detentos. Parentes dos presos que esperavam por horas na fila ficaram contrariados.
“Saí de casa 3 horas, com comida na bolsa para entregar a meu filho. Mas tudo parou com a chegada de Eike, uma celebridade. Meu filho é um pobre qualquer”, reclamou Carmelita, que é diarista, mãe de um preso acusado de assassinato, mas que ainda não foi julgado.
“Estão até distribuindo água pra gente hoje. Nunca fizeram isso”, afirmou Luana Sabino, que dormiu na porta do presídio para visitar o irmão no início da tarde desta segunda.
O empresário Eike Batista desembarcou no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão, pouco antes das 10h desta segunda, vindo de Nova York (EUA). Ele foi levado até a sede do Instituto Médico Legal, no centro da capital fluminense, para exame de corpo de delito, e deixou o local com escolta policial já em direção ao presídio.
O advogado de Eike Batista, Fernando Martins, chegou ao Ary Franco antes do comboio da Polícia Federal que levava o empresário. Segundo Martins, ele ainda discutiria com agentes da polícia e Ministério Público Federal para determinar quando o empresário prestaria depoimento. Martins disse que conversaria com seu cliente e tomaria ciência da situação do Eike para decidir a estratégia de defesa.
“Estamos tomando as medidas jurídicas cabíveis no sentido de preservar a integridade física dele. A prioridade é preservar a integridade física dele. Não por se tratar do Ary Franco, mas de qualquer instituição”, declarou Martins.