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Chefe da Anvisa defende vacinação: “Política não pode contaminar a ciência”

Almirante Antônio Barra Torres defendeu que a população se imunize contra a Covid-19 e criticou quem escolhe vacina

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Hugo Barreto/Metrópoles
CPI covid senado Oitiva do Antonio Barra Torres diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária 1
1 de 1 CPI covid senado Oitiva do Antonio Barra Torres diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária 1 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), almirante Antônio Barra Torres, defendeu que a população se vacine contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, e que a “contenda política” não interfira no processo.

“O Brasil é líder mundial em vacinação pela adesão da população. Não podemos deixar que a contenda política contamine a ciência. Não podemos deixar que fatores outros atuem onde deve atuar a preservação da vida.”

A declaração foi dada nesta quarta-feira (11/8) durante reunião que autorizou o uso emergencial do quarto medicamento contra a doença no Brasil.

O almirante Barra Torres ressaltou que não se pode ter dúvidas sobre o benefício das vacinas. “Não há que se ter dúvida quanto a importância da vacinação. Essa dúvida não faz parte da tradição brasileira”, frisou.

O chefe da Anvisa comemorou a queda no número de casos e óbitos e atribuiu à vacinação esse feito. “Não é por outro efeito que os números estão caindo. É efeito da vacinação”, destacou.

Barra Torres chamou a atenção de quem escolhe o fabricante da vacina, prática conhecida como “sommelier de vacina”, e mais uma vez salientou: “Vacina boa é vacina no braço.”

“Estamos no processo de vencer esse jogo. Agora, a guerra não terminou. Temos que manter as medidas não farmacológicas de enfrentamento da pandemia”, concluiu ao frisar a necessidade do uso de máscaras e de se manter o isolamento social.

Panorama

Desde o início da pandemia, o Ministério da Saúde distribuiu 184,8 milhões de doses de vacina, sendo que 155,4 milhões já foram aplicadas entre primeira, segunda e dose única, no caso da Janssen.

O Brasil registrou 20,2 milhões de adoecimentos por Covid-19. Desses pacientes, 565 mil morreram por complicações da doença.

Nesta terça-feira (10/8), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a chamar atenção da parcela da população brasileira que não tomou a segunda dose da vacina. Segundo ele, sete milhões de pessoas deixaram de completar a imunização.

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