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Chapada dos Veadeiros: equipes tentam evitar que fogo avance no parque

Equipes tentam evitar que fogo avance pelo Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO). ICMBio calcula que 10 mil hectares já queimaram

atualizado

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Incêndio na Chapada dos Veadeiros (GO)
1 de 1 Incêndio na Chapada dos Veadeiros (GO) - Foto: Divulgação/CBMGO

Goiânia – No quinto dia consecutivo de combate às chamas na Chapada dos Veadeiros, região nordeste de Goiás, nesta quinta-feira (16/9), as equipes que atuam na linha de frente trabalham para evitar que o fogo avance pelo parque nacional. Em outro ponto, mais ao sul, bombeiros tentam impedir que propriedades rurais, moradores e animais sejam atingidos.

De acordo com o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), até agora já foram queimados pelo menos 10 mil hectares na região. A força-tarefa formada pelo instituto, Corpo de Bombeiros de Goiás, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e brigadistas conta com cerca de 150 componentes. Quatro aeronaves (três aviões e um helicóptero) ajudam no combate.

Veja vídeos da região:

O coordenador da força-tarefa, capitão Luiz Antônio Dias Araújo, do Corpo de Bombeiros de Goiás, explicou que são duas frentes de trabalho principais nesta quinta. Uma delas é formada por componentes do ICMBio e do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo) do Ibama, além de brigadistas. Esse grupo está na região do Vale do São Miguel, já nas proximidades do parque nacional.

Na quarta-feira (15/9), as chamas chegaram a invadir trecho do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, mas as equipes conseguiram impedir que ele se alastrasse pelo interior da unidade de conservação, considerada Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco. Apenas dois hectares de vegetação foram queimados. Mas os combatentes seguem em alerta máximo.

Há grande preocupação também na segunda frente, onde as chamas contam com uma linha de fogo de aproximadamente 8 quilômetros de extensão. Um grupo formado por bombeiros de Goiás e brigadistas se concentra nessa região, do Rio dos Couros.

“É uma linha bastante extensa de fogo, de aproximadamente 8 quilômetros. Temos a missão de salvaguardar fazendas, integridade física dos moradores e os rebanhos criados por eles”, explica o capitão Araújo, do Corpo de Bombeiros.

Além disso, neste frente, há ainda a preocupação de impedir que o fogo chegue ao Parque Estadual Águas do Paraíso, na região das Cataratas dos Couros.

Veja imagens do combate:

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Em alguns pontos, as chamas têm quilômetros de extensão
Helicóptero do Corpo de Bombeiros de Goiás ajuda no combate
Equipes passam por alguns locais de difícil acesso
Bombeiro atua no combate ao fogo na Chapada dos Veadeiros
Bombeiros atuam no combate ao fogo na Chapada dos Veadeiros
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Bombeiros em mais um dia de combate na Chapada dos Veadeiros

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Em alguns pontos, as chamas têm quilômetros de extensão

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Helicóptero do Corpo de Bombeiros de Goiás ajuda no combate

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Equipes passam por alguns locais de difícil acesso

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Bombeiro atua no combate ao fogo na Chapada dos Veadeiros

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Bombeiros atuam no combate ao fogo na Chapada dos Veadeiros

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Bombeiro atua no combate ao fogo na Chapada dos Veadeiros

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Incêndio na Chapada dos Veadeiros

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Quase 200 pessoas tentam conter as chamas que atingem a região da Chapada dos Veadeiros

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Bombeiro atua no combate ao fogo na Chapada dos Veadeiros

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Incêndio na Chapada dos Veadeiros

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Combate ocorre também no período noturno

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A região já sofreu com vários incêndios este ano

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Combinação fatal

Essa não é a primeira grande queimada na região este ano, que enfrenta uma das piores secas dos últimos tempos. A combinação entre umidade relativa do ar baixa, altas temperaturas e vento excessivo é fatal. Em julho, por exemplo, pelo menos 400 hectares de um área próxima ao Parque Estadual Águas do Paraíso foi queimada.

Projeto polêmico

Enquanto toda a região segue em alerta vermelho por conta do tempo seco e risco de queimadas, há ainda no ar um assunto a preocupar a comunidade local. O Governo de Goiás lançou, recentemente, o Projeto Gênesis, que prevê a construção de um grande complexo arquitetônico na região do Rio dos Couros.

O projeto, que prevê até a construção de um teleférico. é chamado de megalomaníaco por ambientalistas e políticos da região. De sua parte, o governo garante que a ideia é dar sustentabilidade à região, que tem os piores índices de desenvolvimento econômico e humano do estado, e incrementar o turismo.

Por outro lado, alertam os ambientalistas, trata-se da região onde o Cerrado é mais preservado em Goiás.

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