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Chapada dos Veadeiros: Caiado diz que comunidade decidirá sobre obras

Governador de Goiás recuou depois de o Metrópoles revelar detalhes de proposta que tem recursos de compensação ambiental de mineradora

atualizado

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Projeto Gênesis, do Governo de Goiás, levanta polêmica na Chapada dos Veadeiros
1 de 1 Projeto Gênesis, do Governo de Goiás, levanta polêmica na Chapada dos Veadeiros - Foto: Reprodução

Goiânia – Pressionado pela crescente polêmica sobre projeto de construção de obras que incluem até teleférico na Chapada dos Veadeiros, no nordeste de Goiás, o governador Ronaldo Caiado (DEM) recuou e disse, nesta sexta-feira (17/9), que haverá consultas públicas para discutir a proposta milionária. “Nada será imposto a ninguém”, garantiu.

Caiado se manifestou publicamente um dia depois de repercutirem detalhes do Projeto Gênesis, que prevê a construção de um grande complexo arquitetônico no Parque Estadual Águas do Paraíso, em Alto Paraíso de Goiás. O projeto tem orçamento inicial previsto de R$ 3,9 milhões oriundos de compensação ambiental.

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Projeto Gênesis: Templo Ecumênico
Projeto Gênesis: Museu do Amanhã
Projeto Gênesis: Equilibrium
Projeto Gênesis: Portal Águas do Paraíso
Projeto Gênesis: Cerne
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Projeto Gênesis: há até previsão de teleférico

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Projeto Gênesis: Templo Ecumênico

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Projeto Gênesis: Museu do Amanhã

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Projeto Gênesis: Equilibrium

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Projeto Gênesis: Portal Águas do Paraíso

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Projeto Gênesis: Cerne

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Projeto Gênesis: Museu da Água

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Projeto Gênesis: Planetário

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Projeto Gênesis: Domo Geodésico

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Projeto Gênesis, do Governo de Goiás, levanta polêmica na Chapada dos Veadeiros

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“Quem vai decidir sobre isso é a população que lá vive”, afirmou o governador. “As prioridades são o desenvolvimento da região e a preservação do meio ambiente. Vamos discutir com a sociedade como o programa vai ser realizado”, disse ele, em meio às crescentes críticas da população local.

Apresentação

No entanto, Caiado havia apresentado a proposta, na última sexta-feira (10/9), em evento restrito a empresários e autoridades, sem qualquer diálogo prévio com a comunidade em geral, como mostra vídeo no Youtube.

O governador também falou sobre as primeiras projeções arquitetônicas apresentadas durante evento de lançamento do projeto. “Aquilo é simplesmente uma imagem. Não existe o projeto executivo da obra, são opções que são apresentadas. Isso não pode tirar o brilho da iniciativa que vai dar opção de renda para os moradores daquela região”, disse

O orçamento inicial previsto para o projeto, segundo o governo, é proveniente de recursos de compensação ambiental da mineradora Amarillo Mineração do Brasil Ltda, sediada em Belo Horizonte (MG), como também mostrou o portal. Ela vai explorar a atividade em Mara Rosa, a 320 quilômetros de Alto Paraíso de Goiás.

“Sustentabilidade”

Caiado reforçou o discurso escolhido para alavancar a imagem do projeto, baseado na promessa de desenvolvimento sustentável do nordeste goiano, a região mais pobre do estado. A meta, segundo ele, é mudar realidade de 200 mil habitantes em 20 municípios da região, por meio do turismo, inovação e conhecimento.

“É importante tranquilizar as pessoas. O estudo é para que haja uma infraestrutura turística. Isso não quer dizer que aquelas projeções serão instaladas sem ouvir a sociedade, nada será imposto a ninguém. Quem vai decidir sobre isso é a população que lá vive”, pontuou Caiado.

Apesar de o governador ter dito que ainda não existe projeto executivo, a secretaria estadual do Meio Ambiente, Andréa Vulcanis, disse ao Metrópoles esta semana que nove dos 20 municípios da região já foram contemplados na proposta deste ano. A ideia, segundo ela, é que o planejamento se estenda para as 11 cidades restantes a partir do ano que vem, para que o projeto comece a ser executado até o segundo semestre de 2022.

O projeto tem como destaques duas unidades de conservação: Parque Estadual Águas do Paraíso, criado pelo Governo de Goiás em 2020, e Parque Estadual de Terra Ronca.

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