Chanceler dos Emirados Árabes faz visita a Brasília nesta terça (3/10)
Será 1ª visita do chanceler dos Emirados Árabes ao Brasil desde 2019. Temas ligados ao meio ambiente, comércio e defesa devem ser discutidos
atualizado
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O ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Abdullah Bin Zayed Al Nahyan, chega ao Brasil nesta terça-feira (2/10) para a primeira visita dele ao ao país desde 2019. A informação foi confirmada ao Metrópoles pelo Itamaraty.
O representante dos Emirados deve discutir com o governo brasileiro temas de cooperação em áreas como meio ambiente, comércio, defesa e segurança alimentar.
Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o chanceler emiradense deve se reunir com os ministros Mauro Vieira, do Ministério das Relações Exteriores, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia.
Abdullah Bin Zayed Al Nahyan ainda pretende se reunir com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e com Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Congresso Nacional. Mas as agendas não foram oficialmente confirmadas.
Meio ambiente, comércio e defesa com Emirados Árabes
Os Emirados Árabes serão a sede da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), realizado em Dubai, no final deste ano. Na agenda ambiental, Al Nahyan deve retomar diálogos sobre os temas que serão discutidos de forma mais aprofundada na conferência. Vale lembrar que o Brasil será a sede da COP30, em 2025.
Além disso, ele deve tratar com o governo brasileiro sobre as contribuições do país no golfo pérsico ao Brics após a adesão dos Emirados Árabes no bloco, apoiada pelo Brasil.
Após a cúpula na África do Sul, em agosto, ficou decidido que Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã serão os novos membros do globo, ao lado de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Outro ponto a ser debatido é o avanço das negociações para um acordo de livre comércio entre o Mercosul e o mundo árabe. Apesar da prioridade dos governos sul-americanos ser o tratado com a União Europeia, a possibilidade de outras cooperações com países do golfo pérsico também é avaliada.