CGU proíbe Sérgio Camargo de ocupar cargos comissionados por 8 anos
Decisão é determinada pela Controladoria-Geral da União (CGU), após analise de denúncias de assédio moral contra Sérgio Camargo, ex-Palmares
atualizado
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A Controladoria-Geral da União (CGU) determinou que Sérgio Camargo, presidente da Fundação Cultural Palmares durante o governo do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), não pode ocupar os cargos de comissão ou confiança por oito anos. A decisão veio após a análise de denúncias contra ele.
O Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (17/4) trouxe a determinação.
A investigação da conduta do ex-presidente da Fundação começou após os casos de assédio moral serem relatados em um ofício do Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal.
A decisão aponta que Sérgio Camargo deu ”tratamento sem urbanidade” a diretores e coordenadores subordinados da Fundação, segundo o G1. O documento diz que o político era desrespeitoso com funcionários em reuniões realizadas pela Fundação.
A investigação concluiu que Camargo estava envolvido em perseguição política-ideológica, discriminação e tratamento desrespeitoso.
Pronunciamentos e polêmicas de Sérgio Camargo
No dia 24 de abril de 2023, Sérgio Camargo criticou a criação do Ministério da Igualdade Racial, comandado por Anielle Franco. Na publicação das suas redes sociais, ele afirma que foi “a pior coisa que já fizeram para os pretos do Brasil”. O ex-chefe da Fundação é conhecido por ser um usuário controverso nas redes sociais. Camargo já foi criticado por falas contra o movimento negro em 2019.
Em 2022, o ex-presidente da Fundação já teria recebido uma punição máxima da comissão, pela prática de assédio moral, discriminação às religiões e às lideranças religiosas africanas.
O político sempre dizia, em suas redes sociais, que vai “detonar” a “militância vitimista”, que chamou de “porcaria”. Camargo é criticado por falas contra o movimento negro e se envolveu em várias polêmicas.