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CGU demite servidor envolvido em propina para pastores no MEC

Escândalo levou ex-ministro Milton Ribeiro à prisão em 2022; CGU apurou que servidor recebeu R$ 20 mil no esquema de propinas do MEC

atualizado

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Vinicius Schmidt/Metrópoles
CGU Secretário da Educação Milton Ribeiro - Goiânia (GO) 15/09/2021 Em clima de campanha eleitoral, Presidente do Senado Rodrigo Pacheco, Governador de Goiás Ronaldo Caiado e Ministro da Educação Milton Ribeiro participam de encontro de prefeitos em apoio à candidatura do senador Luiz do Carmo ao senado em 2022
1 de 1 CGU Secretário da Educação Milton Ribeiro - Goiânia (GO) 15/09/2021 Em clima de campanha eleitoral, Presidente do Senado Rodrigo Pacheco, Governador de Goiás Ronaldo Caiado e Ministro da Educação Milton Ribeiro participam de encontro de prefeitos em apoio à candidatura do senador Luiz do Carmo ao senado em 2022 - Foto: Vinicius Schmidt/Metrópoles

Luciano de Freitas Musse, ex-gerente de projetos do Ministério da Educação (MEC) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), foi punido com a perda do cargo público pela Controladoria Geral da União (CGU).

De acordo com a CGU, Musse participou no esquema de cobrança de propina montado dentro do MEC pelos pastores evangélicos Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura Correia durante a gestão do ex-ministro Milton Ribeiro.

Os pastores chegavam a pedir propina em ouro a prefeitos para liberar verbas do MEC para os municípios. O escândalo levou ao pedido de demissão e à prisão de Milton Ribeiro, em junho de 2022.

O processo administrativo conduzido pela CGU para investigar a atuação de Musse apontou que o servidor teria recebido R$ 20 mil para colaborar com o esquema de propinas promovido pelos pastores.

Para chegar à punição do ex-gerente, a CGU ouviu depoimentos de prefeitos vítimas da extorsão e reuniu comprovantes de depósito e até de passagens aéreas em nome de Musse. Em um dos casos, Musse recebeu passagens pagas pela prefeitura de Piracicaba (SP) para participar de um evento promovido pelos pastores, mesmo com seu vínculo com o MEC.

A punição da CGU estabeleceu a inelegibilidade Musse pelo período de oito anos, durante o qual também não poderá ser indicado, nomeado ou tomar posse em cargos efetivos, comissionados ou funções de confiança no Executivo federal.

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