metropoles.com

CGU: governo pagou R$ 336 mi em auxílio emergencial a 135,7 mil mortos

De acordo com relatório do órgão, prejuízo total com repasses irregulares do benefício social chega a R$ 9,4 bilhões

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Hugo Barreto/Metrópoles
Prédio da Controladoria Geral da União irregularidades
1 de 1 Prédio da Controladoria Geral da União irregularidades - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) aponta que o governo federal pagou auxílio emergencial a 135,7 mil pessoas mortas, entre 2020 e 2021 – durante o auge da pandemia de Covid-19. O prejuízo aos cofres públicos alcançou R$ 336,1 milhões.

O procedimento rotineiro da CGU visa averiguar eventuais falhas relacionadas a fraudes nos benefícios concedidos aos cidadãos brasileiros.

Dentre todos os pagamentos que não se enquadravam nos requisitos exigidos para o recebimento do auxílio, o governo desembolsou R$ 9,4 bilhões.

Veja, abaixo, os casos de beneficiário irregular:

  • com indicativo de óbito anterior ao recebimento de parcela do subsídio – 135,7 mil casos;
  • com renda familiar mensal em desacordo com os critérios de elegibilidade – 1,1 milhão;
  • com vínculo empregatício formal ativo registrado na GFIP – 1,9 milhão de casos;
  • com vínculo registrado no Siape – 8,8 mil casos;
  • com vínculos ativos com as Forças Armadas – 58,9 mil casos;
  • cidadão que recebe subsídio previdenciário ou assistencial do INSS – 867,9 mil casos;
  • cidadão que recebe Benefício de Preservação do Emprego e da Renda – 299 mil casos;
  • cidadão que recebe seguro-desemprego – 214 mil casos;
  • cidadão que recebe seguro-defeso – 197 mil casos; e
  • cidadão que atua como agente público estadual, distrital ou municipal ou que possui outro tipo de vínculo com entidade pública dessas esferas – 675 mil casos.

Instituído em 2020 para ajudar os brasileiros mais afetados pelas consequências econômicas da pandemia de coronavírus, o auxílio emergencial foi retomado em 2021, quando custou R$ 59,5 bilhões aos cofres públicos.

Por ocasião da retomada dos pagamentos, a própria CGU fez uma série de recomendações ao Ministério da Cidadania e à Caixa Econômica Federal para minimizar fraudes que já haviam sido observadas em 2020.

Pensando nisso, o governo federal criou mecanismos para a devolução do auxílio recebido irregularmente.

Os cidadãos têm até seis meses, após o recebimento, para fazer a devolução voluntária e, se não o fizerem e forem identificados, receberão multas que podem chegar a 20% do valor devido e podem ter o nome publicado na Dívida Ativa da União.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?