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CFM concorda com expulsão de 7 alunos envolvidos em “punhetaço”

O Conselho Federal de Medicina (CFM) também cobrou qualificação do ensino médico e se colocou à disposição do Ministério da Educação

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foto colorida mostra estudantes de Medicina da Unisa abaixando as calças, em episódio chamado de "punhetaço", durante jogo de vôlei feminino - Metrópoles
1 de 1 foto colorida mostra estudantes de Medicina da Unisa abaixando as calças, em episódio chamado de "punhetaço", durante jogo de vôlei feminino - Metrópoles - Foto: Reprodução

O Conselho Federal de Medicina se posicionou acerca dos alunos da Universidade Santo Amaro (SP) investigados por suposto ato obsceno durante jogo de vôlei feminino. O órgão cobrou por qualificação no ensino médico, concordou com a expulsão dos estudantes e se colocou à disposição do Ministério da Educação (MEC) para articular um conjunto de ações para o preparo destes profissionais.

Ao todo, sete alunos já foram expulsos. A faculdade teria ainda um hino da atlética que remete a atos obscenos.

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Alunos de medicina da Unisa abaixam as calças e fazem "volta olímpica" durante jogo de vôlei feminino
Alunos de medicina da Unisa abaixam as calças e fazem "volta olímpica" durante jogo de vôlei feminino
Jogo de vôlei feminino em São Carlos; ao fundo, alunos de medicina abaixam as calças
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Alunos de medicina da Unisa abaixam as calças e fazem "volta olímpica" durante jogo de vôlei feminino

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Alunos de medicina da Unisa abaixam as calças e fazem "volta olímpica" durante jogo de vôlei feminino

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A autarquia se mostrou disposta a intermediar as ações junto a outros órgãos, como o MEC, uma vez que, por não terem a formação completa, eles não são diretamente alcançados pelas decisões do CFM.

“A autarquia ressalta ainda a necessidade de qualificar o ensino médico no País, vinculando o episódio à fragilidade no processo de graduação em medicina. O CFM se colocou à disposição para definir (…) ações que tornem os futuros médicos ‘preparados, com conhecimento clínico e técnico, além de conscientes de suas responsabilidades, deveres e limites junto à sociedade'”, escreve o CFM.

CFM cobra apuração e punição

Além disso, o conselho ainda lançou mão de uma nota à população brasileira, onde destaca que concorda com a decisão de expulsão dos agora ex-alunos, e cobra pela apuração e punição dos fatos. “É inadmissível que jovens que pretendem cuidar da saúde e da vida estejam envolvidos em atos grotescos que configuram situação de violência e assédio”, afirma a autarquia.

O órgão também lamentou o ocorrido, e ressaltou que o excesso de instituições de ensino privadas voltadas para a medicina pode ter piorado e desumanizado a formação na área de Saúde.

“A abertura indiscriminada de escolas médicas fragilizou o processo de ensino médico, expondo os estudantes à falta de infraestrutura em campos de estágio e a limitações de acesso a conteúdos fundamentais, como a necessidade de respeito aos seres humanos em qualquer circunstância”, diz a nota.

Veja a íntegra da nota à imprensa:

“CFM repudia atos impróprios praticados por estudantes de medicina e cobra qualificação do ensino médico.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nota nesta terça-feira (19) cobrando das autoridades competentes apuração dos fatos envolvendo os alunos da Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa). Imagens divulgadas pelas redes sociais e pela imprensa mostram o grupo praticando atos impróprios após um jogo de vôlei durante um campeonato estudantil em São Paulo.

No texto, a Autarquia ressalta ainda a necessidade de qualificar o ensino médico no País, vinculando o episódio à fragilidade no processo de graduação em medicina. O CFM se colocou à disposição para definir, em conjunto com o Ministério da Educação e as universidades, ações que tornem os futuros médicos “preparados, com conhecimento clínico e técnico, além de conscientes de suas responsabilidades, deveres e limites junto à sociedade”.

Veja a íntegra da nota aos brasileiros, da CFM:

“CFM repudia atos impróprios praticados por estudantes de medicina e cobra qualificação do ensino médico

Diante das imagens de estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa) praticando atos impróprios frente a uma imensa plateia, o Conselho Federal de Medicina (CFM) concorda com a decisão da instituição de ensino de expulsá-los e cobra das autoridades a apuração dos fatos e punição de todos os envolvidos nas esferas competentes.

É inadmissível que jovens que pretendem cuidar da saúde e da vida estejam envolvidos em atos grotescos que configuram situação de violência e assédio. As cenas divulgadas pelas redes sociais e imprensa causam repulsa e indignação e demonstram a necessidade de as escolas médicas qualificarem seu ensino para que, desde o início de sua formação, futuros médicos saibam como agir de forma ética, responsável e com bom senso em todas as situações.

O CFM lamenta profundamente os atos ocorridos e alerta que situações semelhantes podem ser evitadas com melhorias na qualificação do ensino, com o aprofundamento de conteúdos éticos em sala de aula, por exemplo. Infelizmente, a abertura indiscriminada de escolas médicas fragilizou o processo de ensino médico, expondo os estudantes à falta de infraestrutura em campos de estágio e a limitações de acesso a conteúdos fundamentais, como a necessidade de respeito aos seres humanos em qualquer circunstância.

Importante esclarecer que, como se tratam de estudantes, eles ainda não são alcançados pelos conselhos de medicina. Porém, o CFM já se coloca à disposição para definir, em conjunto com o Ministério da Educação e as universidades, ações que fortaleçam o ensino médico. Assim, o País contará com profissionais preparados, com conhecimento clínico e técnico, além de conscientes de suas responsabilidades, deveres e limites junto à sociedade”.

Relembre

O episódio, chamado de “punhetaço”, ocorreu entre os dias 28 de abril e 1º de maio deste ano, mas os vídeos só viralizaram no último fim de semana. A situação provocou revolta nas redes sociais.

Um dos vídeos mostra o momento em que estudantes do time de futsal masculino da universidade invadem a quadra e passam a desfilar nus logo após o time para o qual torciam vencer uma partida de vôlei feminino contra outra instituição.

inquérito sobre o “punhetaço” foi instaurado na segunda-feira (18/9) e a Polícia Civil trabalha inicialmente como “ato obsceno” – delito que, em tese, já estaria caracterizado, segundo o delegado. O crime, considerado mais brando, prevê até um ano de prisão.

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