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Cerveja contaminada: Backer apresenta plano de recall incompleto

Campanha de chamamento está fora dos parâmetros do Ministério da Justiça. Empresa tem cinco dias para fazer ajuste

atualizado

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belorizontina backer
1 de 1 belorizontina backer - Foto: Reprodução/Instagram

Cobrada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), que instaurou processo administrativo contra a empresa, a cervejaria Backer apresentou nessa última quinta-feira (23/01/2020) um plano de recall dos lotes de produtos suspeitos de contaminação por dietilenoglicol.

A campanha de chamamento, contudo, está fora dos parâmetros do Ministério da Justiça e, por isso, eles terão que fazer ajustes em, no máximo, cinco dias.

O plano de recall envolve 72 lotes da cerveja Belorizontina, a primeira em que foi identificada a contaminação, dois lotes da Capitão Senra, da Pele Vermelha e da Backer Pilsen e um lote da Fargo 46 e da Capixaba. Se descumprir as normas, a Backer pode ser multada em até R$ 9,9 milhões.

São, no total, dez inconsistências. Entre os problemas elencados pela secretaria estão a falta de descrição pormenorizada do defeito, com informações técnicas, data e horário da identificação do problema; aviso de riscos e dados necessários à identificação do defeito; distribuição geográfica dos produtos com defeito; e quantidade de cervejas com defeito.

Um das principais cobranças é para que a cervejaria faça a reformulação do plano de mídia para divulgação do recall, com a exigência de que a mensagem do recolhimento seja transmitida em, “pelo menos, uma estrutura de veiculação escrita, uma estrutura de veiculação de sons e uma estrutura de veiculação de sons e imagens”.

Mesmo informações sob segredo industriais devem ser compartilhadas pela Backer. O intuito da Senacon é garantir que o processo de recolhimento dos produtos contaminados seja feito sem oferecer riscos ao consumidor e de acordo com a portaria 618/2019, do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, a que está subordinada.

Caso de saúde pública
Até agora, são pelo menos quatro casos suspeitos de óbitos ligados à contaminação, sendo que, em um deles, exames confirmaram a presença do dietilenoglicol no sangue. No total, são 26 casos suspeitos de intoxicação exógena, dos quais 22 permanecem sob investigação.

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