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Censo do IBGE: 470 mil pessoas moram em casas de apenas um cômodo

Segundo o Censo Demográfico 2022 do IBGE, nas últimas décadas houve aumento no número de cômodos nas residências brasileiras

atualizado

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Defesa Civil/SC
Casas populares em SC ficarão no nome de mulheres; entenda
1 de 1 Casas populares em SC ficarão no nome de mulheres; entenda - Foto: Defesa Civil/SC

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) identificou que, ao longo das últimas décadas, aumentou o número de cômodos nas residências brasileiras. Ainda assim, segundo o Censo Demográfico 2022, 470 mil pessoas moram em domicílios de apenas um cômodo, correspondendo a 0,2% da população residente em domicílios particulares permanentes.

Outras 3 milhões de pessoas, o equivalente a 1,5% da população, residem em domicílios de dois cômodos. Os domicílios de três cômodos abrigam 5,3% da população, os de quatro cômodos servem de moradia a 13,5%, e os de cinco cômodos, a 29,2%.

Os domicílios compostos por seis a nove cômodos abrigam a maior parte da população, 44,4%, ao passo que os 5,9% restantes residem em domicílios com 10 cômodos ou mais.

Os cômodos são contabilizados como todos os espaços cobertos por um teto e limitados por paredes (construção vertical que permite limitar, dividir ou vedar espaços) que sejam parte integrante do domicílio, inclusive banheiro e cozinha. Não são considerados cômodos os corredores, varandas e garagens.

Chama atenção a situação do Distrito Federal, pela alta proporção da população residindo em domicílios com mais de 10 cômodos – 13,0%, mais que o dobro da média nacional.

A segunda unidade da Federação com proporção mais alta, Minas Gerais, tem 8% da população residindo em domicílios com 10 cômodos ou mais. Já o estado a registrar a menor proporção nesse indicador foi o Acre, com 1,8%.

Comparação

No que se refere à evolução dos domicílios brasileiros em relação ao número de cômodos, foi identificado que os domicílios de até três cômodos perderam participação continuamente, passando de 29,1% em 1970 para 9% em 2022.

Os domicílios de quatro cômodos também apresentaram declínio contínuo, ainda que menos acentuado, passando de 21,9% para 15%.

Na outra direção, os domicílios de cinco cômodos aumentaram continuamente sua participação, crescendo de 19,4% para 29,5%. Já entre os domicílios de seis cômodos ou mais verificou-se tendência de crescimento entre 1970 e 2000, passando 29,5% para 45,7%, e uma estabilidade nas décadas seguintes.

A interrupção no crescimento da participação dos domicílios com seis cômodos ou mais possivelmente está associada à redução do número médio de moradores por domicílio ao longo das últimas décadas.

Moradores por cômodo

Além do número de cômodos de cada domicílio, o Censo produz também informações sobre o número de dormitórios de cada domicílio. Foi contabilizado como dormitório qualquer cômodo que seja utilizado permanentemente como local de dormir por um morador do local.

Do total de domicílios brasileiros, 2,6% têm mais de três moradores por dormitório, o que significa dizer que ao menos três pessoas dormem no mesmo ambiente. Outros 8,4% dos domicílios possuem mais de dois e até três moradores por dormitório. Os domicílios com mais de um morador até dois moradores por dormitório representavam 53,9% do total, e os domicílios com apenas um morador por dormitório alcançavam 35,1%.

A maior proporção de domicílios com mais de três moradores por cômodo foi registrada em Roraima (13,5%) e a menor, em Santa Catarina (1,0%). Em 18 municípios, todos na Região Norte, a proporção de domicílios com mais de dois moradores por dormitório (ou seja, a soma das proporções das categorias mais de dois até três moradores e mais de três moradores) ultrapassava 50% da população.

Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, destacam-se os casos de Porto Alegre (RS), onde quase metade (48,6%) dos domicílios possui apenas um morador por dormitório e Boa Vista (RR), que possui uma proporção de 27,2% dos domicílios com mais de dois moradores por dormitório.

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