Censo 2022: taxa de analfabetismo entre indígenas cai e fica em 15%
A taxa de analfabetismo entre pessoas indígenas é menor entre aquelas que residem em áreas urbanas. IBGE vê aumento das oportunidades
atualizado
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A taxa de analfabetismo das pessoas indígenas caiu 8,35 pontos percentuais e ficou em 15%. O indicador, entretanto, é 2,1 vezes acima da taxa nacional, que considera o total da população brasileira. A informação consta em etapa do Censo Demográfico 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quinta-feira (19/12).
A redução na taxa de analfabetismo ocorre em comparação aos dados coletados em 2010, na ocasião do último censo demográfico. O decréscimo, entretanto, foi ainda mais significativo entre aqueles que moram dentro de terras indígenas. Nesse caso, a diferença entre os dois levantamentos foi de mais de 11 pontos percentuais.
O Brasil, conforme dados do Censo de 2022, tem quase 1,7 milhão de indígenas, distribuídos por 4,8 mil municípios do país. Ainda em relação à alfabetização, o Censo de 2022 mostrou que, no Brasil, mais de 178 mil indígenas de 15 anos ou mais não sabiam ler e escrever um bilhete simples.
Os dados de 2022 mostram que, dentro de terras indígenas, havia 370 mil pessoas indígenas de 15 anos ou mais, das quais 77 mil não sabiam ler e escrever um bilhete simples. Fora desses territórios havia 817 mil indígenas de 15 anos ou mais, dos quais quase 102 mil não sabiam ler e escrever um bilhete simples.
A taxa de analfabetismo dos indígenas nas áreas rurais reduziu de 32,16%, em 2010, para 21,15%, em 2022. Em relação à população residente no Brasil, com 15 anos ou mais, verifica-se que a taxa de analfabetismo nas áreas rurais é de 18,16% e, nas áreas urbanas, de 5,44%
O IBGE considera que os dados indicam que houve ampliação de oportunidades educacionais para indígenas residentes em áreas rurais na última década, “se refletindo tanto numa redução da taxa de analfabetismo das pessoas indígenas nessa situação de domicílio entre os dois censos”.