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Há mais templos que escolas e hospitais no Brasil, segundo o IBGE

Dados revelam endereços onde estão domicílios ou outros tipos de uso, como estabelecimentos de saúde, de ensino e religiosos, entre outros

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Foto: Gustavo Moreno/Metrópoles
Interior da Paróquia Imaculado Coração de Maria
1 de 1 Interior da Paróquia Imaculado Coração de Maria - Foto: Foto: Gustavo Moreno/Metrópoles

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (2/2) mais uma série de dados que fazem parte do Censo 2022. As informações têm caráter mais técnico, são as coordenadas geográficas mapeadas pelos recenseadores nos 5.568 municípios brasileiros nos 26 estados e no Distrito Federal.

Entretanto, aparecem dados interessantes sobre o uso desses endereços no país. Há, por exemplo, 579,7 mil templos religiosos e igrejas no Brasil, enquanto existem 264,4 mil estabelecimentos educacionais e 247,7 mil locais usados para a área de saúde.

O IBGE registrou 111.102.875 pontos que, em uma explicação mais simples, podem ser entendidos como endereços onde estão domicílios ou outros tipos de uso, como estabelecimentos de saúde, de ensino e religiosos, entre outros.

As coordenadas foram obtidas por meio de georreferenciamento durante visitas dos pesquisadores e atendem a uma recomendação da Divisão de Estatística da Organização das Nações Unidas (ONU), e permitem a criação do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos.

No Censo 2022 foi a primeira vez que o IBGE identificou a localização precisa de todos os endereços no território nacional.

Principais tipos de endereço no Brasil:

  • Domicílios particulares (casas, apartamentos): 90,6 milhões
  • Estabelecimentos de outras finalidades (lojas, prédios públicos e culturais): 11,7 milhões
  • Estabelecimentos agropecuários: 4 milhões
  • Edificações em construção: 3,5 milhões
  • Estabelecimentos religiosos (igrejas e templos): 579,7 mil
  • Estabelecimento de ensino (escolas, creches, universidades): 264,4 mil
  • Estabelecimento de saúde (hospitais, clínicas, pronto-socorro): 247,5 mil
  • Domicílios coletivos (hotéis, presídios, pensões, asilos): 104,5 mil

Finalidade

Os dados em grau máximo de detalhamento são fontes de informações, entre outros fins, para elaboração de políticas públicas e pesquisas acadêmicas. Por exemplo, é possível saber com precisão onde estão localizadas unidades de saúde de uma determinada área e quantas pessoas vivem no raio de influência desses estabelecimentos.

Outro exemplo é identificar exatamente quantos domicílios foram afetados por um deslizamento de terra em uma área de risco atingida por temporais. Ou ainda qual o tamanho da população que reside na região de alcance de estações de metrô de uma cidade.

Segundo o IBGE, para que o censo demográfico cumpra o papel de retratar a população brasileira com relação às suas características e condições de vida, é fundamental conhecer sua distribuição pelo território brasileiro. “É preciso saber onde a população está concentrada, como ela está distribuída e qual a utilização que é destinada a cada uma das edificações construídas no país”, explica o instituto.

Os dados serão disponibilizados à sociedade em mapas interativos no site do IBGE, por meio da Plataforma Geográfica Interativa e do Panorama do Censo 2022.

Dados recentes

Desde o ano passado, o IBGE tem feito divulgações relativas à recontagem da população brasileira, com recortes de cor, idade, sexo, população indígena, quilombola e outros graus de detalhamento. De acordo com o instituto, éramos 203.080.756 habitantes em 2022.

Outros dados

  • O Brasil tem 203 milhões de habitantes, número menor do que era estimado pelas projeções iniciais;
  • O país segue se tornando cada vez mais feminino e mais velho. A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022). Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso. Há cerca de 104,5 milhões de mulheres, 51,5% do total de brasileiros;
  • 1,3 milhão de pessoas que se identificam como quilombolas (0,65% do total) – foi a primeira vez na história que o censo incluiu em seus questionários perguntas para identificar esse grupo;
  • O número de indígenas cresceu 89%, para 1,7 milhão, em relação ao Censo de 2010. Isso pode ser explicado pela mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa para os povos indígenas, que permitiu identificar mais pessoas;
  • Pela primeira vez, os brasileiros se declararam mais pardos que brancos, e a população preta cresceu.

Com informações do g1.

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