Cemitério quilombola é queimado em meio a disputa por terras em TO
A Justiça determinou em setembro a reintegração de posse a comunidade quilombola Rio Preto, localizada em Lagoa do Tocantins
atualizado
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A Polícia Civil do Tocantins (PCTO) investiga ataques a uma comunidade quilombola em Lagoa dos Tocantins, a 111 km de Palmas, capital do estado. Os criminosos que invadiram a área teriam incendiado um cemitério centenário chamado Campo Sagrado pelos residentes.
A comunidade quilombola Rio Preto tem cerca de 1.200 hectares e abriga 50 famílias. O local é alvo de uma disputa judicial sobre a posse da terra.
Em setembro deste ano, a Justiça atendeu um pedido apresentado pela Defensoria Pública do Tocantins (DPE-TO) e concedeu o direito à reintegração e manutenção de posse do território à comunidade quilombola.
Além da reintegração de posse, a DPE também solicitou que a Polícia Civil e a Polícia Militar de Tocantins realizassem a proteção das famílias quilombolas.
Segundo a DPE, a área quilombola é alvo frequente de conflitos gerados por pessoas que têm o interesse de tomar posse de parte do território, que legalmente pertence à comunidade.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informou ao Metrópoles que a denúncia da comunidade não foi confirmada e alegou que “informações levantadas em vistoria realizada na segunda-feira (23/10), o cemitério não foi atingido pelas chamas”.