Celular de médico encontrado morto em MS foi usado para aplicar golpes
Gabriel Paschoal Rossi tinha 29 anos e passou uma semana desaparecido. Conhecidos suspeitam que outra pessoa se passou por ele com o celular
atualizado
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O celular do médico Gabriel Paschoal Rossi, encontrado morto nesta quinta-feira (3/8) em uma casa na Vila Hilda, em Dourados (MS), foi usado para aplicar golpes em conhecidos enquanto ele estava desaparecido.
Rossi foi visto pela última vez na quarta-feira (26/7), após sair de um plantão no hospital da Cassems de Dourados. A família registrou boletim de ocorrência na quarta-feira (3/8).
A informação foi passada ao Metrópoles por um amigo de Gabriel, que pediu anonimato. “Estamos ainda chocados e com muito medo do que ocorreu”, justificou.
O amigo confirmou que o celular do médico não foi encontrado, e as contas no Instagram e Facebook foram apagadas. “Acreditamos que tenham sido os assassinos. Porque até ontem ele [o número de Gabriel] estava respondendo e aplicando golpes, pedindo dinheiro emprestado pelo WhatsApp. Algumas pessoas caíram”, relatou.
Depois que amigos e a família começaram a divulgar o desaparecimento, o número de WhatsApp do médico parou de receber mensagens.
Além do hospital da Cassems, Gabriel Rossi trabalhava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Dourados e no Hospital da Vida. Ele se formou em março deste ano na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e nasceu no Rio Grande do Sul.
O crime
O carro do médico, um Hyundai HB20, foi encontrado em frente à casa onde o corpo foi localizado. A propriedade era utilizada para alugueis por temporada.
A polícia foi chamada ao local depois que vizinhos estranharam o veículo parado por vários dias em frente ao local. Um jaleco médico foi visto dentro do carro, o que levantou suspeitas.
Quando a polícia chegou ao local, encontrou o corpo do médico já em decomposição, o que indica que Gabriel está morto há vários dias. Ele tinha as mãos e pés amarrados em uma cama e usava as mesmas roupas de quando saiu do último plantão.
O desaparecimento foi registrado pela família nessa quarta-feira (2/8). A suspeita é de que alguém utilizou o celular de Gabriel para se comunicar com conhecidos, e as redes sociais do médico foram apagadas.