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Celular de ex-assessor de Lira tinha grupo sobre kit de robótica

Sócio de empresa investigada pela PF que recebia verba da Educação para comprar kits de robótica também fazia parte do grupo de WhatsApp

atualizado

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arthur lira e luciano cavalcante - Metrópoles
1 de 1 arthur lira e luciano cavalcante - Metrópoles - Foto: Reprodução

O ex-assessor do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), fazia parte de um grupo de WhatsApp chamado “Robótica Gerenciamento”.

Esse grupo no celular do ex-assessor Luciano Cavalcante foi descoberto pela Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Hefesto, que investiga a suspeita de desvio de verba da Educação repassada para a empresa Megalic. Essa empresa seria usada na compra de kits de robótica para escolas de 43 municípios de Alagoas.

Segundo matéria da Folha de S. Paulo, a empresária Roberta Lins Costa Melo, sócia da Megalic, fazia parte do mesmo grupo de WhatsApp.

De acordo com as investigações, a Megalic realizou repasses para empresas do casal Pedro Magno e Juliana Cristina. Esse casal, por sua vez, foi monitorado pela PF e foi flagrado realizando vários saques em dinheiro vivo, mas dentro do limite que não chama atenção das autoridades.

Sacola de dinheiro

No domingo, o Fantástico revelou gravações que mostram Pedro entrando no carro dirigido pelo motorista de Luciano Cavalcante com uma sacola cheia e saindo do veículo com a mesma sacola vazia.

Segundo a PF, o dinheiro que estava dentro da sacola foi colocado dentro do carro. Uma das entregas do dinheiro na sacola teria acontecido no estacionamento de um hotel em Brasília, onde Luciano estaria hospedado.

Durante operação da PF no dia 1º de junho, Pedro e Juliana chegaram a ser presos, mas foram soltos no dia seguinte. Nessa operação, a polícia também apreendeu R$ 150 mil dentro desse carro e R$ 4 milhões em um cofre na casa de um policial civil, que é o proprietário desse mesmo veículo onde aconteceu a entrega da sacola.

“Grave equívoco”

O advogado Eugênio Aragão, que advoga para a pessoa jurídica Megalic, defendeu que todas as aquisições de kits de robótica aconteceram seguindo critérios técnicos previstos pelos órgãos que fizeram a licitação, sem direcionamento.

Aragão também apontou que a contratação da Megalic foi analisada pelo Tribunal de Contas da União 9TCU) e foi afastada a hipótese de restrição indevida à competitividade ou de direcionamento a uma única empresa.

“A empresa e sua defesa ainda não tiveram acesso ao inquérito policial e às análises em que se baseia. Só depois de avaliação minuciosa desse conteúdo será possível demonstrar o grave equívoco nas acusações contra as aquisições de kits de robótica educacional”, informou em trecho da nota.

A reportagem tenta contato com o advogado André Callegari, que defende Luciano Cavalcante e seu motorista. Para a Folha, ele disse que as imagens das entregas das sacolas não indicam nenhum ato ilícito e que o ex-assessor de Lira não aparece nelas. A reportagem tenta localizar os advogados de Pedro e Juliana.

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