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Celso de Mello pede parecer da PGR sobre depoimento de Bolsonaro à PF

Ministro do STF aguarda avaliação de Augusto Aras para determinar se e como presidente da República falará no inquérito de acusações de Moro

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1 de 1 Bolsonaro e Moro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que apura alegada tentativa de interferência política na Polícia Federal pelo presidente Jair Bolsonaro, o ministro Celso de Mello pediu na tarde desta sexta-feira (26/06) uma avaliação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre possibilidade de depoimento do chefe do executivo federal à PF.

O pedido para ouvir Bolsonaro foi feito pela delegada Christiane Correa Machado, que conduz a investigação na PF. Em ofício enviado ao decano em 19 de junho último, ela havia dito que, como as apurações já estavam “em estágio avançado”, restava apenas ouvir o presidente.

Após a PGR se manifestar, caberá a Celso de Mello decidir se autoriza o depoimento e se o presidente falará presencialmente na Polícia Federal ou terá o depoimento tomado por escrito.

Entenda

O inquérito em andamento no STF apura acusações feitas pelo ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro quando ele deixou o cargo, no último dia 24 de abril, de que o presidente tentara interferir politicamente na Polícia Federal.

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Bolsonaro quando sofreu o atentado, em 2018
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Bolsonaro havia acabado de demitir o então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo. Para o comando da corporação, o presidente indicou Alexandre Ramagem, a quem conhecera como chefe de sua segurança na campanha presidencial de 2018 e a quem nomeara para o comando Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

O STF, porém, em decisão do ministro Alexandre de Moraes, barrou a indicação de Ramagem. Bolsonaro nomeou então Rolando Alexandre de Souza, braço-direito do diretor da Abin. E a primeira medida de Rolando foi trocar o superintendente da PF no Rio de Janeiro, cenário que Moro havia incluído em suas declarações, ao relatar que Bolsonaro lhe teria dito: “Moro, vocês 26 superintendências. Eu só quero uma”.

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