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CE: homens presos por estupro de crianças são pais, tios e padrastos

Além dos detidos, duas mães das vítimas são acusadas de serem coniventes com os abusos sexuais das crianças

atualizado

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Sete homens foram presos acusados de estupro de vulnerável em Boa Viagem, no interior do Ceará. Segundo informações do portal g1, os sete são pais, padrastos ou tios das vítimas.

As prisões ocorreram na última segunda-feira (23/9). Além dos homens presos, foram cumpridos dois mandados para colocação de tornozeleira eletrônica em duas mães de crianças abusadas, acusadas de serem coniventes com os crimes.

Os nove acusados — os homens presos e as mães — agiam separadamente e eram de famílias diferentes, mas tinham em comum o fato de abusar de pessoas do próprio grupo familiar. Além disso, alguns deles filmavam as cenas de estupro.

Os mandados foram cumpridos como parte da Operação Infância Perdida, conduzida pelo promotor Alan Moitinho, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Boa Viagem. Os mandados, deferidos pela 1ª Vara Criminal de Boa Viagem, foram cumpridos na sede e na zona rural do município.

Investigação

As investigações dos abusos tiveram início a partir de denúncias vindas de diversas origens, como Conselho Tutelar, escolas e Disque 100.

Segundo o Ministério Público do Ceará, os sete homens vão responder pelos crimes de estupro de vulnerável e produção de cena de sexo explícito envolvendo adolescente.

As duas mães serão acusadas por estupro de vulnerável por omissão imprópria, já que tinha ciência dos abusos, mas não denunciaram nem fizeram nada para evitá-los.

Algumas das crianças e adolescentes vítimas dos abusos foram recolhidas para abrigos. Se confirmada a condenação dos suspeitos, eles devem perder a guardar dos menores de 18 anos.

O promotor Alan Moitinho reforçou que no Brasil os abusadores são, em sua maioria, conhecidos das vítimas, como pais, mães, padrastos, madrastas ou tios.

“Por isso, a importância da aproximação da rede de proteção da infância e da divulgação dos canais para denúncias”, pontuou o membro do MP do Ceará, lembrando ainda da subnotificação dos casos “devido a dificuldades para comprovar os abusos, o medo ou a vergonha das vítimas em denunciarem e, até mesmo, conivência das pessoas próximas às vítimas de violência sexual.”

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