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CCJ chama Janot para explicar declarações sobre Gilmar

Convite foi do deputado Delegado Pablo (PSL-AM), que também pretende discutir as declarações do ex-procurador-geral a respeito da Lava Jato

atualizado

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MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
JANOT
1 de 1 JANOT - Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

Após dizer que quase matou o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot foi convidado a dar explicações na Câmara dos Deputados. Um pedido para ouvi-lo foi aprovado na manhã desta quarta-feira (02/10/2019) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O ex-chefe do Ministério Público não é obrigado a ir.

Janot revelou que, no momento mais tenso de sua passagem pelo cargo, chegou a ir armado a uma sessão do Supremo com a intenção de matar a tiros o ministro Gilmar Mendes. “Não ia ser ameaça, não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele (Gilmar) e depois me suicidar”, afirmou.

O convite foi apresentado pelo deputado Delegado Pablo (PSL-AM), que também pretende discutir as declarações do ex-procurador-geral sobre sua atuação na Operação Lava Jato, feitas no livro Nada Menos que Tudo.

“A intenção é trazer luz ao tema que ele falou a toda a mídia, que, durante a Lava Jato, foi por várias autoridades da República daquele tempo atrapalhado, obstaculizado, colocado contra a parede para que investigações não andassem. Todas aqui sabem que a Lava Jato é um patrimônio do Brasil. Essas pessoas que de alguma forma tentaram fazer o trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público não caminhar tem de prestar contas à Justiça”, frisou o parlamentar do PSL.

Na última sexta-feira (27/09/2019), Janot foi alvo de ações de busca e apreensão em seus endereços em Brasília. A ordem judicial foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, que atendeu a pedido feito por Gilmar para suspender o porte de armas do ex-PGR e impedi-lo de entrar nas dependências do Supremo.

No requerimento, Pablo também convida o ex-chefe de gabinete da PGR Eduardo Pelella e o ex-ministro da Justiça do governo Dilma José Eduardo Cardozo.

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