Castro diz que se for à CPI não vai “ficar protegendo” Wilson Witzel
Colegiado vota nesta sexta-feira (18/6) requerimento para convocar o governador do Rio de Janeiro
atualizado
Compartilhar notícia
Rio de Janeiro – O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou nesta quinta-feira (17/6) que não vai “ficar protegendo” o que o ex-governador Wilson Witzel falou, caso compareça à CPI da Covid. “Não é meu papel”, disse a jornalistas.
Castro, no entanto, não sabe se vai à CPI. “Vou avaliar, não sei nem se vão me chamar. Vou respeitar a comissão”, disse. Em seguida, ele afirmou que, se for chamado, vai consultar a equipe para decidir se comparecerá. Na avaliação dele, não há motivo para ele prestar depoimento.
À CPI, Witzel disse que há um esquema de desvio de recursos por parte de pelo menos sete organizações e que a “máfia da saúde” no estado teria financiado o processo de impeachment.
Segundo ele, Castro teria mantido contratos com essas organizações e “estranhamente” esteve em Brasília no dia em que Witzel foi alvo de busca e apreensão, no ano passado, o que Castro negou.
Aos jornalistas, Castro disse que, na época em que houve as investigações sobre desvios na saúde, ele era vice-governador e não tinha acesso ao setor e, que se tivesse tido alguma participação, já teria sido denunciado.
Para ele, outro motivo para ser convocado seria a motociada promovida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Rio.
“O que foi gasto é dinheiro estadual, quem deveria fazer análise são os órgãos de controle do estado. Não consigo enxergar motivo para me chamarem”, insistiu.
A CPI vota nesta sexta-feira (18/6) o requerimento de convocação do governador e do secretário de Saúde estadual, Alexandre Chippe.