Casos de estupro no Rio cresceram 17,8% em janeiro
Levantamento do Instituto de Segurança Pública aponta aumento dos crimes violentos, como latrocínios. Pandemia reduziu roubos de carga
atualizado
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Rio de Janeiro – A divulgação dos indicadores de violência no Estado do Rio, levantamento feito pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) com base nos registros de ocorrências feitos nas delegacias da Polícia Civil, acende a luz de alerta para o aumento de crimes violentos. Modalidades como estupro, homicídio culposo de trânsito, latrocínio e os letais intencionais (homicídio doloso, roubo seguido de morte e lesão corporal seguida de morte) são os que mais cresceram na comparação com janeiro do ano passado.
Os casos de estupro, por exemplo, saíram de 398 no ano anterior para os atuais 469, um aumento de 17,8% quando comparados os meses de janeiro dos dois anos. Já os homicídios culposos de trânsito são 168 este ano contra os 145 de janeiro de 2020, um aumento de 15,9% na comparação. O roubo seguido e morte (latrocínio), que vitimou 13 pessoas este ano, está cinco casos acima do mesmo mês em 2020.
A análise dos indicadores, disponível no site do ISP, também aponta que os crimes violentos letais intencionais deixaram 376 vítimas em janeiro. Mesmo sendo o menor valor para o mês desde 2013, o indicador apresentou aumento de 2% na comparação com o ano passado. Há ainda aumento dos casos de roubos de caixas eletrônicos, que dobraram em janeiro de 2021: foram 10 ataques contra os cinco registrados em janeiro de 2020.
Outros indicadores registraram queda no número de casos, alguns deles por interferência da pandemia, como por exemplo os furtos em transportes coletivos, que sofreram queda de 39%. Foram 582 casos em 2021 contra 355 em 2020.
Dados estratégicos, como os índices de roubo de carga, tiveram queda de 37% em janeiro deste ano na comparação com o mesmo mês de 2020. Já em relação a dezembro do ano passado, a redução foi de 21%. A diminuição também está relacionada, de acordo com estudo realizado pelo ISP, com o isolamento social decorrente da pandemia de Covid-19.
Em janeiro deste ano, as polícias Civil e Militar retiraram de circulação cerca de 20 armas de fogo por dia no estado, contabilizando um total de 619 armas apreendidas. Dessas, 53 eram fuzis — esse foi o segundo maior número para o mês de janeiro desde 2007.