Casos de Covid-19 no sistema socioeducativo sobem 668% em fevereiro
Dados reunidos pelo CNJ mostram que, dos 2,6 mil testes realizados, foram identifcados quase 2 mil registros da doença
atualizado
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O mês de fevereiro registrou um acréscimo de 668% no número de casos de Covid-19 no sistema socioeducativo em relação a janeiro. Os dados são reportados pelos estados ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que os reúne desde junho de 2020.
Dos 2,6 mil testes realizados, foram quase 2 mil registros da doença identificados entre os adolescentes que cumprem medida privativa de liberdade.
Já no sistema prisional, houve aumento de 68% no registro de novos casos em comparação com o mês de janeiro, com mais de 7,4 mil novos casos reportados entre pessoas presas e funcionários.
Em janeiro deste ano o índice de contaminações já havia superado em cerca de 10 vezes os dados de dezembro de 2021. Mais de 10 mil testes foram realizados no último mês. Segundo o CNJ, a disseminação da variante Ômicron pode ser um dos fatores que contribuíram para a nova onda de contaminações em ambos os sistemas.
Desde o início do ano, o Brasil tem enfrentado um aumento na notificação de casos positivos. Segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o país computou, nesta terça-feira (8/3), mais 68.893 casos confirmados. No total, foram 29.138.362 registros de contaminação desde o início da pandemia.
Óbitos
No sistema socioeducativo, foram reportadas 120 vítimas desde o início da pandemia, das quais três morreram no último mês. Todas eram funcionárias.
Já no sistema prisional, o registo de novos óbitos caiu 63%. Houve relato de quatro mortes, sendo três delas de pessoas presas e uma entre servidores.
No total, o Brasil já perdeu 652.829 vidas para a doença.
Vacinação
De acordo com o CNJ, a cobertura vacinal com a aplicação da segunda dose ou dose única já chega a 71,2% no sistema socioeducativo, entre adolescentes e funcionários. O órgão alerta, porém, que o número total da população pode estar defasado em relação ao cenário atual porque o último censo é de 2017.
No sistema prisional, a cobertura vacinal no sistema segue abaixo da média nacional: até agora, 56,7% do total de pessoas presas e servidores receberam o ciclo completo com a aplicação da segunda dose ou dose única, ante 72% no restante do país.
Esse dado considera o último levantamento populacional das prisões no Brasil, disponibilizado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) em junho de 2021, com exceção das pessoas em regime aberto e domiciliar e que, portanto, têm acesso ao programa nacional de vacinação.