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Óbitos por Covid-19 em adultos jovens crescem até 419%, diz Fiocruz

Fundação alerta para mudança no perfil demográfico de casos e óbitos em decorrência da doença no Brasil

atualizado

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movimento de enterros e carros de funerária no cemitério vale da paz, em goiânia, goiás
1 de 1 movimento de enterros e carros de funerária no cemitério vale da paz, em goiânia, goiás - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Novo Boletim Observatório Covid-19, publicado nesta sexta-feira (26/3) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta crescimento expressivo do número de casos e óbitos causados pela Covid-19 em adultos jovens no Brasil.

Ao comparar a primeira semana epidemiológica de 2021 com a 10º – compreendida entre 7 a 14 de março –, a Fiocruz observou aumento de casos em 316%, considerando-se todas as idades. Contudo, as faixas etárias de 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e 50 a 59 anos se destacam: aumentaram, se analisadas de forma separada, 565%, 626% e 525%, respectivamente.

Em relação aos óbitos, o avanço para o mesmo período foi de 223%. Considerando as diferentes idades, no entanto, a relação é menos expressiva. A faixa de 30 a 39 anos teve alta de 353%. Para a população de 40 a 49 anos, o crescimento foi de 419%; e para a de 50 a 59 anos, 317%.

Segundo a fundação, a maior incidência nas idades mais jovens e manutenção da mortalidade concentrada em idosos contribui para o cenário crítico da ocupação dos leitos hospitalares.

“Por se tratar de população com menos comorbidades – e, portanto, com evolução mais lenta dos casos graves e fatais, frequentemente há um maior tempo de permanência na internação em terapia intensiva”, avaliam os pesquisadores.

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Número de internados e de mortes por Covid-19 caiu, afirma SES-RJ

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Valter Pontes/Secom

Hoje, 24 estados (com exceção de Amazonas e Roraima), além do Distrito Federal, estão com taxas de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em nível crítico, ou seja, superiores a 80%. A tragédia se repete em 25 capitais.

“As diferenças de incidência entre as faixas etárias também implicam num compromisso intergeracional. Sendo a infecção mais comum entre os jovens e os óbitos mais frequentes em mais idosos e pessoas com doenças crônicas, uma geração deve procurar proteger a outra, evitando o contágio de membros da família, vizinhos, companheiros de trabalho e amigos”, ressalta o documento.

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