Caso Wesley Pessano: Faraó dos Bitcoins mandou eliminar investidor
Preso desde agosto, Glaidson Acácio dos Santos foi alvo de novo mando de prisão em ação da Polícia Civil pela morte do youtuber neste sábado
atualizado
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Rio de Janeiro – Acusado pela Polícia Civil de ter mandado matar o investidor em criptomoeda e youtuber Wesley Pessano, de 19 anos, Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins, foi alvo de novo mandado de prisão em operação de agentes da 125ª DP (São Pedro da Aldeia), na manhã deste sábado (18/11).
O Faraó dos Bitcoins foi preso por fraude contra o sistema financeiro nacional em 25 de agosto. Pessano foi morto a tiros em 4 de agosto, em São Pedro da Aldeia, Região dos Lagos. O motivo do crime seria a disputa pelo mercado de moeda virtural. Na ação deste sábado, também foi preso Filipe José Aleixo Guimarães. Há ainda um foragido.
A base da investigação são conversas encontradas no celular de Glaidson pela Polícia Federal e enviadas pela Justiça Federal à delegacia. Em uma delas, Glaidson cita o nome de Pessano.
Mercado de criptomoedas
Na disputa pelo mercado de investimentos, segundo a polícia, Glaidson não aceitava que os concorrentes apresentassem contratos com rentabilidade superior a 10%. Pessano teria chegado a oferecer quase 40%. Por isso, “mandou eliminar” o concorrente. Em quatro meses de investigação sobre a morte de Pessano, 11 já foram presos.
Daniel Aleixo, que está foragido é irmão de Filipe. Ele é apontado pela polícia como braço direito do Faraó dos Bitcoins. Segundo as investigações, Daniel chegou a montar uma empresa com Filipe, com capital de R$ 5 milhões para prestar serviços de grupo de extermínio, segurança e transporte de valores.
Em 2015, Filipe chegou a ser preso por matar o ex-prefeito do município de Macuco, Rogério Bianchini. Após dois anos detido, recebeu o benefício de aguardar o júri em liberdade.
Tentativa de homicídio
Na quarta-feira (15/12), a juíza Janaina Pereira Pomposelli, da 2ª Vara Criminal de Cabo Frio, aceitou denúncia do Ministério Público contra Glaidson e mais cinco pessoas pela tentativa de homicídio contra Nilson Alves da Silva, o Nilsinho, que também atuava no ramo de criptomoedas.
Glaidson também é réu com outras 16 pessoas por crime contra o sistema financeiro nacional na 3ª Vara Criminal Federal. A GAS Consultoria, uma das principais empresa do grupo em Cabo Frio, teve mais de R$ 38 bilhões bloqueados pela Justiça.