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Caso tio Paulo: Justiça do RJ marca início do julgamento para setembro

Érika levou “Tio Paulo” morto a uma agência bancária para tirar um empréstimo. Ela foi denunciada pelo MPRJ por tentativa de estelionato

atualizado

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Imagem colorida de Érika e tio Paulo em agência do Rio de Janeiro - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de Érika e tio Paulo em agência do Rio de Janeiro - Metrópoles - Foto: Reprodução

A Justiça do Rio de Janeiro vai iniciar o julgamento de Érika de Souza Vieira, 42 anos, sobrinha do “Tio Paulo”, em 19 de setembro. A mulher que levou o “Tio Paulo” já sem vida a uma agência bancária para retirar um empréstimo foi denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro pelos crimes de tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver.

Na data, também será realizada a audiência de instrução de Érika, que cumpre medidas cautelares desde 2 de maio, após ter a prisão revogada pela Justiça. A sessão está prevista para ocorrer na 2º Vara Criminal Regional de Bangu, na Zona Oeste.

Segundo a denúncia, apesar de o empréstimo no valor de R$ 17 mil ter sido solicitado quando Paulo Roberto Braga ainda estava vivo, o dinheiro não poderia ser sacado, tendo em vista que o homem estava morto no momento em que a sobrinha Erika de Souza Vieira Nunes chegou ao banco.

O MP destaca ainda que Érika, mediante a fraude, tentou se apropriar de valores que não seriam mais usados em favor de seu tio, o que ocasionaria prejuízo à instituição financeira que concedeu o empréstimo, uma vez que o valor não seria mais quitado pelo devedor, já morto.

“O crime não se consumou por circunstâncias alheias à vontade da denunciada, uma vez que funcionários do banco, verificando que o idoso Paulo Roberto Braga não estava bem, apresentando aspecto pálido e sem condições de assinar documento, acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, sendo, posteriormente, constatado o óbito do mesmo, fato esse que impediu o saque dos valores pretendidos pela ré”, diz trecho da denúncia.

Sobrinha é investigada por homicídio

Erika de Souza Vieira Nunes passou a ser investigada pela Polícia Civil por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. 

A coorporação já investigava Erika por vilipêndio de cadáver e tentativa de furto mediante fraude. Depois de realizar novos depoimentos, o delegado que conduz as apurações do caso, Fabio Luiz Souza, do 34º Distrito Policial de Bangu, entendeu ter havido omissão de socorro.

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