Caso Pedro Lucas: após quase 3 meses, buscas por menino são retomadas
O Corpo de Bombeiros retomou as buscas pelo corpo do menino de 9 anos que desapareceu há quase 3 meses em Rio Verde (GO)
atualizado
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Goiânia – Após quase três meses do desaparecimento do menino Pedro Lucas, de 9 anos, que não foi mais visto depois de levar o irmão mais novo na escola, em Rio Verde, no sudoeste goiano, o Corpo de Bombeiros retomou as buscas pela criança. A retomada foi solicitada pela Polícia Civil, porém, não foram divulgados os elementos analisados para a investigação voltar com as diligências.
A corporação concentra as buscas na região de mata próxima a casa da família de Pedro Lucas. Cães farejadores dos bombeiros de Anápolis também auxiliam nas buscas.
Sangue em residência
O sangue encontrado na casa da família do menino Pedro Lucas, não é do garoto. De acordo com o delegado responsável pela investigação do caso, os DNAs colhidos nas amostras na residência não são compatíveis com nenhum dos moradores da casa e nem com o pai biológico da criança.
Conforme explicação do investigador Adelson Candeo, o imóvel todo foi periciado e houve um resultado positivo para sangue em dois locais da casa, com DNA humano. Um deles no quarto e o outro na cozinha. Segundo ele, o do quarto foi identificado como um DNA feminino, enquanto na cozinha, a amostra é masculina.
De acordo com ele, as amostras não são compatíveis com nenhum dos moradores da residência o que inclui o padrasto — preso desde o dia 8 deste mês, por suspeita do crime –, a mãe, os irmãos e, ainda, o pai biológico do menino.
A Polícia Científica realizou uma perícia com reagentes químicos na casa da família, no dia 18 de dezembro, e foram encontrados alguns vestígios no local, como as marcas de sangue, descobertas por meio do uso do luminol.
Segundo a PCGO, os vestígios corroboravam com a hipótese de que o menino está morto.
Padrasto preso
O padrasto de Pedro Lucas, José Domingos Silva dos Santos, de 22 anos, foi preso no início deste mês de janeiro suspeito do crime e segue na cadeia. Segundo o delegado, o resultado sobre o sangue não muda o andamento da investigação. “Isso [o resultado] não significa que o padrasto não matou a criança. É muito comum em caso de dissonâncias de forças, quando o acusado é mais forte que a vítima, normalmente o acusado não usa faca, nem arma de fogo”, explicou ele ao portal G1.
“A prisão do padrasto não é com base nesse exame. A prisão dele tem outros fundamentos. É para assegurar a aplicação da lei, porque ele se demonstrou muito nervoso nos últimos dias, falando em sair do estado, se embasa no problema de relacionamento do padrasto com o menino mencionado pela amiga do Pedro Lucas”, completou o delegado.
A defesa do padrasto afirmou que ele nega as acusações e que está colaborando com as investigações.
Quase três meses
Pedro Lucas desapareceu no dia 1º de novembro de 2023, mas a situação só foi reportada à polícia quatro dias depois. Uma série de buscas foram realizadas para tentar localizá-lo, mas devido à falta de informações e evidências, o caso passou a ser investigado como homicídio em dezembro.
O padrasto e outros familiares prestaram depoimento mais de uma vez na delegacia. A PCGO acredita que Pedro Lucas foi morto pelo padrasto de forma violenta.