1 de 1 quiosque tropicalia e biruta
- Foto: Reprodução / TV Globo
Rio de Janeiro – A Polícia Militar do Rio abriu investigação para apurar as denúncias de intimidação por parte de agentes feitas a parentes do congolês Moïse Kabagambe.
A apuração foi aberta nesse fim de semana e é conduzida pela 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (PJM). Segundo informações do G1, a unidade pediu à Delegacia de Homicídios da Capital uma cópia das imagens de câmeras de segurança do quiosque Biruta.
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O congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, foi morto na segunda-feira (24/1), próximo a um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro
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Para escapar da violência e da fome no Congo, Moïse se mudou para o Rio de Janeiro em fevereiro de 2011, quando ainda era criança. Três anos depois, a mãe também passou a viver na capital fluminense
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Moïse trabalhava como garçom, servindo mesas na praia, e recebia por diárias, em quiosque próximo ao Posto 8 da praia da Barra, na zona oeste da capital
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Moïse Kabagambe foi morto a pauladas, no final de janeiro, no quiosque onde trabalhava na Barra da Tijuca
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Imagens da câmera de segurança do estabelecimento mostram Moïse conversando com funcionários do quiosque. Em determinado momento, os ânimos se acirraram, e um dos homens pega um pedaço de madeira. Moïse tenta se defender com uma cadeira
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O homem que ameaçou Moïse deixou o local e, momentos depois, retornou com outras cinco pessoas, que amarraram os pés e as mãos do rapaz, e o espancaram até a morte
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Segundo testemunhas, o jovem foi agredido por, pelo menos, 15 minutos. Pedaços de madeira e um taco de beisebol foram usados para desferir os golpes contra ele. Policiais encontraram o corpo de Moïse, amarrado e já sem vida, em uma escada
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Familiares do congolês só souberam da morte quase 12h depois do crime, na terça-feira (25/1). O jovem foi enterrado no Cemitério de Irajá, na zona norte da cidade
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Os familiares também atribuem o crime ao racismo e à xenofobia, que é o preconceito contra estrangeiros. Além disso, eles denunciaram que, quando foram retirar o corpo do jovem no Instituto Médico-Legal (IML), a vítima estaria sem os órgãos
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Perícia realizada pelo IML indicou que Moïse tinha várias "áreas hemorrágicas de contusão" e também vestígios de broncoaspiração de sangue. Testemunhas afirmaram que a vítima implorou para que não o matassem
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Até o momento, oito pessoas já foram ouvidas por agentes da Polícia Civil. Segundo a família, cinco investigados estavam envolvidos no assassinato de Moïse
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Na terça-feira (1º/2), um dos funcionários do quiosque se apresentou na delegacia e confessou ser um dos agressores. Segundo ele, os suspeitos tentaram evitar que o trabalhador agredisse um idoso, mas ninguém devia salário para a vítima
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Em nota ao Metrópoles, a Polícia Civil afirma que periciou o local e analisou imagens de câmeras de segurança. As diligências estão em andamento para identificar os autores
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O local é vizinho do Tropicália, onde ocorreu o crime. A PM também solicitou cópia do depoimento do cabo Alauir de Mattos Faria, apontado como dono do quiosque Biruta. A concessionária Orla Rio, que administra os estabelecimentos, diz que Alauir ocupava o local irregularmente.
Para novo depoimento, além de Alauir foram chamados à sede da Delegacia de Polícia Judiciária Militar o cabo Leandro de Oliveira Rigaud e o soldado Cleiton Lamonica Senra, do 31º Batalhão (Recreio dos Bandeirantes).
Os dois policiais registraram a ocorrência de linchamento na delegacia.
A família de Moïse Kabagambe, de 24 anos, congolês morto espancado em um quiosque daBarra da Tijuca, na zona oeste doRio, afirma ter sido intimidada por dois policiais militares quando tentou obter informações sobre o crime.
As intimidações relatadas teriam acontecido três vezes, dias depois da morte do jovem congolês, quando o caso ainda não havia se tornado público. O jovem foi espancado até a morte no dia 24 de janeiro, no quiosque Tropicália, na altura do Posto 8. As informações são da Folha de S. Paulo e foram confirmadas pelo Metrópoles.