Caso Miguel: mãe lamenta falta do filho no Dia das Crianças
Mirtes Renata decorou o túmulo da criança, que morreu ao cair de prédio. Ela ressaltou que responsável “está solta, curtindo a liberdade”
atualizado
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Mirtes Renata, mãe do menino Miguel Otávio, morto em 2020, lamentou a ausência do filho no Dia das Crianças. Ela visitou o túmulo da criança e decorou o espaço com um buquê de flores, pétalas de rosas e velas.
“Não tenho minha criança no colo, pra dar ‘xero’ (sic), amor e carinho” escreveu a estudante de Direito. “Essas flores, velas e orações, é o presente que dou a meu filho nesse dia, enquanto a criminosa está solta curtindo a liberdade”.
Veja a publicação:
Hoje, dia das crianças, não tenho minha criança no colo, pra dar xero, amor e carinho.
Essas flores, velas e orações, é o presente que dou a meu filho nesse dia, enquanto a criminosa está solta curtindo a liberdade.@TJPE_oficial@mppe_noticias
Eu queremos #justiçapormiguel pic.twitter.com/qe36g2ALMp— Mirtes Renata ✊🏾 (@mirtes_renata) October 12, 2022
Queda
Miguel morreu aos cinco anos de idade, no dia 2 de junho de 2020. Ao ser deixado sozinho pela patroa de sua mãe no elevador de serviço de um prédio de luxo na região central do Recife, o menino caiu do nono andar, de uma altura de 35 metros.
Miguel foi deixado aos cuidados da empregadora da mãe, que era empregada doméstica e passeava com o cão da família a que prestava serviço. Sarí Corte Real, a patroa, não apenas deixou o menino no elevador como apertou o botão de um andar alto — ao que indica o vídeo do circuito interno de TV, a cobertura.
Em maio, Sarí foi condenada a oito anos e seis meses de prisão. Na sentença, o juiz permitiu que ela recorresse da decisão em liberdade. O juiz Edmilson Cruz Júnior, da 1ª Vara dos Crimes Contra a Criança e o Adolescente da Capital, negou no fim de julho o pedido de prisão da patroa.