Caso Miguel: laudo aponta que ex-patroa apertou botão do elevador
O advogado de Sari afirmou que ela teria “simulado” pressionar o botão que levava à cobertura
atualizado
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O laudo das perícias realizadas no prédio onde o menino Miguel Otávio morreu após cair do nono andar aponta que Sari Corte Real, ex-patroa da mãe de Miguel, apertou o botão do elevador para a cobertura antes do fechamento da porta. As informações são do jornal Extra.
Nessa terça-feira (30/06), o advogado de Sari, Pedro Avelino, afirmou, em entrevista à TV Globo, que a primeira-dama de Tamandaré disse ter “simulado” apertar o botão do elevador. O Instituto de Criminalística de Pernambuco concluiu que foi Miguel quem pressionou o botão do andar de onde sofreu a queda.
O laudo mostra que a criança entrou no elevador social pela primeira vez às 13h06 e apertou os botões nove e o de alarme. Em seguida, Sari o convence a deixar o elevador. Às 13h07, Miguel entra no elevador de serviço, aperta o botão de alarme e sai.
Às 13h08, a vítima entra no elevador social. Sari segura a porta e mais uma vez ele aciona a tecla nove e sai. Dois minutos depois, a cena se repete. Ele é convencido a sair, vai na direção do apartamento, mas retorna para o elevador de serviço. Mais uma vez, ele pressiona a tecla nove. A ex-patroa segura a porta e Miguel aperta outros botões. Ela teria então apertado o botão da cobertura e sai em seguida. Miguel aperta mais teclas e as portas se fecham.
O laudo ainda revela que a criança para no segundo andar, a porta se abre, mas Miguel não sai. Ele aciona a tecla de alarme algumas vezes e logo depois o elevador sobe para o nono andar. Quando o elevador abre, o menino sai e segue para uma porta corta-fogo. A partir daí, os investigadores acreditam que Miguel escalou uma janela, pulou para uma estrutura onde ficam máquinas de ar-condicionado e se apoiou em um grade que rompeu com o peso do corpo dele.
Entenda
Quando sofreu a queda, Miguel estava sob cuidados de Sari Corte Real, primeira-dama de Tamandaré, e caiu de uma altura de 35 metros. Imagens da câmera de segurança mostram o momento em que o menino entrou sozinho e foi seguido por Sari.
A ex-patroa aperta um botão e, em seguida, o elevador se fecha. Miguel havia apertado outros botões também. O elevador para em um dos andares, mas a criança não desce.
Ele foi encaminhado ao Hospital da Restauração, no centro de Recife, mas não resistiu.