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Caso Miguel: gerente do condomínio diz que Sarí estava “muito tranquila”

A primeira-dama de Tamandaré, que deixou o Miguel sozinho no elevador antes da queda, também será ouvida pela equipe de investigação

atualizado

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Mirtes Renata Santana de Souza
Criança
1 de 1 Criança - Foto: Mirtes Renata Santana de Souza

Dez dias após a morte de Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, que caiu do 9º andar de um prédio de luxo no centro do Recife, o delegado responsável por conduzir a investigação, Ramon Teixeira, ouviu na sexta-feira (12/6) Tomaz Silva, gerente de operações do condomínio do Edifício Pier Maurício de Nassau, onde mora Sarí Corte Real.

Segundo informações da investigação, Silva foi o terceiro a encontrar Miguel caído, depois do zelador do prédio e mãe do menino e empregada doméstica Mirtes Renata Santana de Souza. Após o depoimento, o gerente disse que a primeira-dama Sarí Corte Real reagiu de maneira “muito tranquila” após o acidente.

“Achei dona Sarí uma pessoa muito tranquila. Eu prestei os primeiros socorros, mas depois chegou um médico propriamente dito, porque não sou médico, e disse para socorrer a criança porque ele não estava reagindo. E ela [Sarí] disse para socorrer no carro dela”, contou Silva.

De acordo com o funcionário do condomínio, ele fez os primeiros socorros na criança. “Foi uma cena muito triste, muito chocante. Infelizmente, senti o garoto indo embora, porque ele apertou a minha mão, eu dizendo a ele: aperta a mão do tio, a gente ainda vai jogar bola, reage! Mas, com mais ou menos um ou dois minutos, ele começou a enfraquecer e infelizmente aconteceu o que nós não queríamos”.

Agora, o depoimento mais esperado é o de Sarí Corte Real, que deixou o Miguel sozinho no elevador e apertou um botão de andares superiores no equipamento. Ela foi indiciada por homicídio culposo após a morte de Miguel, mas está respondendo em liberdade depois de ter pago fiança no valor de R$ 20 mil.

“Preocupada com o menino”

A manicure Eliane Lopes, 29 anos, também foi ouvida na última sexta-feira. Ela atendia Sarí enquanto Mirtes passeava com a cachorra dos patrões. Além deles, o ex-síndico e o zelador do condomínio foram os primeiros a depor, na última quarta-feira (10/6).

A manicure Eliane Lopes chegou à delegacia de Santo Amaro, que fica no centro do Recife, acompanhada por dois advogados. O depoimento durou cerca de duas horas e ela não falou com a imprensa.

Em entrevista para os principais canais de TV locais, um dos advogados da manicure, Irineu Ferreira, deu algumas informações sobre depoimento. “Ela não estava presente em todos os momentos do ocorrido, se manteve o tempo todo dentro do apartamento”, afirmou.

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Miguel com a mãe

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Sari Corte Real, a empregadora de Mirtes Renata, que estava com o menino Miguel

Reprodução/Instagram
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Sérgio Hacker, prefeito de Tamandaré e patrão de Mirtes em Recife

Reprodução/Facebook

Questionado sobre o que a manicure teria dito ao delegado em relação ao estado em que Sarí Corte Real voltou para casa depois de deixar o menino Miguel sozinho, o advogado disse: “o tempo todo Sarí estava preocupada com o menino. Demais detalhes não vai poder ser repassado [sic] no momento”.

De acordo com o advogado, a manicure é funcionária do salão de beleza que Sarí Corte Real costuma frequentar e só começou a ir à casa dela por causa da pandemia da covid-19.

Com informações da Agência Estado

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