Caso Marielle: veja a reclamação disciplinar do PSol contra juíza
Desembargadora no Tribunal de Justiça do Rio publicou, em uma rede social, mensagem com informações falsas sobre a vereadora carioca
atualizado
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O PSol do Rio de Janeiro apresentou, nessa segunda-feira (19/3), reclamação disciplinar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra a desembargadora Marília de Castro Neves Vieira, da 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. O partido pede apuração de infração disciplinar envolvendo postagem da magistrada sobre a vereadora Marielle Franco, assassinada com seu motorista, Anderson Gomes, na quarta-feira passada (14).
A desembargadora utilizou sua conta no Facebook para criticar a parlamentar carioca. Na mensagem, Marília de Castro afirma que Marielle “estava engajada com bandidos”, foi “eleita pelo Comando Vermelho” e “descumpriu ‘compromissos’ assumidos com os apoiadores”. “Temos certeza de que seu comportamento, ditado por seu engajamento político, foi determinante para seu trágico fim. Qualquer outra coisa diversa é mimimi da esquerda tentando agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro”, conclui a magistrada na postagem.
Reclamação Disciplinar PSOL CNJ by Metropoles on Scribd
A juíza não foi a única autoridade a compartilhar notícias falsas sobre Marielle. O deputado Alberto Fraga (DEM-DF) também usou redes sociais para disseminar conteúdo semelhante.
Por conta disso, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS), entrou, também nessa segunda, com representação na Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal (MPF) contra Fraga. O petista exige apuração de crime de calúnia envolvendo as postagens do parlamentar sobre a vereadora.Com a repercussão, Fraga resolveu apagar a sua conta do Twitter. Pela postagem, o democrata deverá enfrentar ainda representação no Conselho de Ética da Câmara protocolada pelo PSol.
O PSol recebeu mais de 15 mil e-mails com denúncias de fake news contra Marielle Franco até a noite dessa segunda. Na página da vereadora, as mentiras estão sendo rebatidas.
O assassinato
Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Pedro Gomes, foram mortos na noite de quarta-feira (14), quando voltavam de um debate com mulheres negras na região da Lapa, Zona Central do Rio de Janeiro. Ela foi atingida por quatro tiros e o motorista, três. A assessora parlamentar que também estava no veículo na hora do ataque sobreviveu.