Caso Marielle: STJ nega liberdade a acusado de ocultar armas
Para o ministro João Otávio de Noronha, os fundamentos da prisão preventiva não apresentam ilegalidade que justifique a soltura
atualizado
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O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, negou pedido de revogação da prisão preventiva do professor de artes marciais Josinaldo Lucas Freitas, conhecido como Djaca, denunciado por suposta participação na ocultação de armas de Ronnie Lessa, um dos investigados pelo assassinado da vereadora Marielle Franco.
Para Noronha, os fundamentos da decisão de prisão preventiva não apresentam ilegalidade que justifique a concessão da soltura. De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), após o início da ação contra Lessa e Élcio Queiroz pela suposta execução da vereadora e de seu motorista, outros crimes começaram a ser investigados.
O MPRJ alega que Josinaldo e outras pessoas ocultaram as armas de fogo de uso restrito e acessórios que pertenciam ao sargento da reserva, e que estavam localizados em um apartamento no Rio. Segundo o MP, essa ação prejudicou as investigações em curso, na medida em que frustrou o cumprimento da ordem judicial de busca e apreensão dos armamentos.
Em relação ao professor, o Ministério Público aponta que ele teria recebido ordens de outros investigados para que se desfizesse do material retirado do apartamento de Lessa, lançando-o no mar, com a finalidade exclusiva de ocultar as armas. O MP descreve que Josinaldo teria alugado os serviços de um barqueiro na Barra da Tijuca e determinado que o barco fosse conduzido a alto-mar, onde as armas e outros materiais foram descartados.