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Caso Marielle: Secretaria de Segurança determina proteção à testemunha

Em seu depoimento, homem forneceu nomes dos supostos mandantes e dos possíveis atiradores que executaram a ordem de matar a vereadora

atualizado

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Divulgação
Marielle Franco
1 de 1 Marielle Franco - Foto: Divulgação

A Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro determinou nesta quarta-feira (9/5) que a Polícia Civil do estado dê proteção imediata à testemunha que, em depoimento voluntário nessa terça-feira (8), implicou o vereador Marcello Siciliano (PHS-RJ) e o ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo – que cumpre pena por chefiar uma milícia – no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) e de seu motorista, Anderson Gomes. A informação é do jornal O Globo.

Em seu depoimento, a testemunha identificou Siciliano e Araújo como mentores e mandantes do crime. O homem também forneceu nomes dos possíveis atiradores que cumpriram a ordem de executar Marielle, além de datas e locais de encontros entre o miliciano e o político para acertar o assassinato, que, segundo o delator, era planejado desde junho de 2017.

Ainda de acordo com O Globo, nesta quarta houve reunião na Câmara Municipal entre a bancada do Partido Socialismo e Liberdade (PSol) e o presidente da Casa, Jorge Felippe (MDB), sobre as acusações contra o vereador Siciliano.

“O momento é de moderação nas palavras. Existe a acusação de um delator, mas precisamos esperar a conclusão das investigações. Como presidente, vou cumprir inclusive o meu papel de moderador para acalmar os ânimos na Casa” afirma Jorge Felippe.

Crítica a Siciliano
Marielle e Siciliano eram adversários políticos. A vereadora do PSol chegou a postar em seu Instagram, em agosto de 2017, vídeo no qual tecia críticas diretas ao político e afirmava que a palavra dela tinha valor nos debates travados na Casa: “A minha palavra é palavra de mulher, mas vale. Não é só palavra de homem que vale, não”, dispara Marielle na gravação (confira abaixo).


E continua: “Vale mais do que a de meia dúzia aqui, que desce fazendo gracinha no elevador, para a assessoria, com relação às questões do PL da visibilidade lésbica. Então, estou dispondo os microfones, claro que com a anuência da presidência, para que cada um se inscreva para falar no microfone. Não fazer piada no elevador e muito menos achar que palavra de homem é só o que vai valer aqui, porque palavra de mulher vai valer também”.

A defesa
Em entrevista na manhã desta quarta-feira (9/5), Marcelo Siciliano disse estar “indignado como ser humano” com as acusações da testemunha. Ele negou envolvimento com a morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes.

“Gostaria de esclarecer, antes de mais nada, a minha surpresa com relação ao que aconteceu ontem, a minha indignação como ser humano. Minha relação era muito boa [com Marielle Franco], tinha um carinho muito grande. Agora, mais do que nunca, faço questão de que esse crime seja esclarecido mais rápido que nunca”, afirmou, conforme registro do jornal O Globo.

“Estou sendo massacrado nas redes sociais por algo supostamente dito por uma pessoa que a gente nem sabe a credibilidade que tem. Marielle participou da festa do meu aniversário. A região da Cidade de Deus nunca foi meu reduto. Em Curicica, também não tive votos. Coisas totalmente sem pé nem cabeça. Já prestei meu depoimento. Vim me colocar à disposição. Mais do que nunca, quero que esse caso seja resolvido e tenha oportunidade de acabar isso aí, porque foi horrível. Estou muito chateado”, ressaltou Siciliano durante a entrevista.

Sobre o miliciano, ainda de acordo com o jornal carioca, Marcello Siciliano diz não o conhecer. “Se algum momento interagi [com Orlando Oliveira de Araújo], não posso garantir. Agora, uma reunião marcada [com ele] para tratar de assuntos nunca aconteceu”, frisou. “Milícia, tráfico – são problemas de polícia e não de política”, concluiu ele, dizendo que essas questões não deveriam ser tema da pauta de políticos.

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