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Caso Marielle: “Rio é marcado por um ecossistema criminoso”, diz Dino

A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados no Rio de Janeiro, em 14 de março de 2018

atualizado

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Ministro da Justiça Flávio Dino responde perguntas de jornalistas - Metrópoles
1 de 1 Ministro da Justiça Flávio Dino responde perguntas de jornalistas - Metrópoles - Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

O atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino, destacou, nesta terça-feira (23/1), que o Rio de Janeiro é “marcado por um ecossistema criminoso” ao se referir ao assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes na capital fluminense, em 14 de março de 2018.

“Faço questão de mencionar que essa investigação [do caso Marielle] não está separada em um conjunto de outras providências no Rio de Janeiro. O Rio de Janeiro, e outros estados, mas menciono o Rio, é marcado hoje pela existência de um bloco criminoso, de um ecossistema criminoso. Quando você investiga um caso, você está investigando outros dez, outros vinte, outros trinta ao mesmo tempo”, disse o ministro ao falar sobre a complexidade da investigação da morte da vereadora.

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Imagens de câmeras do sistema viário mostram o carro da vereadora (à frente) sendo seguido pelo Cobalt de placa clonada: ele teria partido de Rio das Pedras
Perícia no carro em que a vereadora Marielle Franco foi assassinada
Vídeo mostra PF na casa de suspeito de matar Marielle
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Marielle Franco: ex-vereador Zico Bacana foi ouvido em investigação sobre o assassinato

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Imagens de câmeras do sistema viário mostram o carro da vereadora (à frente) sendo seguido pelo Cobalt de placa clonada: ele teria partido de Rio das Pedras

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Perícia no carro em que a vereadora Marielle Franco foi assassinada

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brazão Marielle Franco: vereadora foi assassinada em 2018

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“Lembremos que o caso Marielle está acompanhado de outras dezenas de agressões, ameaças, ofensas, morais e físicas contra a mulher na política. É importante deixar claro que é um crime que deve ser combatido porque muitas mulheres se sentem desestimuladas a entrar ou permanecer na política”, complementa o ministro da Justiça.

Dino destacou que não há um prazo para conclusão do inquérito da PF que investiga a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Segundo o atual chefe do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a elucidação do caso ficará para a gestão de Ricardo Lewandowski.

Na mesma ocasião, o atual ministro não confirmou e nem negou a possível delação premiada do policial militar reformado Ronnie Lessa. Detalhes sobre o documento vazaram na imprensa nos últimos dias.

Nesta quinta, o site The Intercept Brasil publicou reportagem em que informa que conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão foi citado por Lessa como um dos mandantes do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco.

“Neste momento existe alguma outra delação? Que eu tenha notícia não. Não há nenhuma delação, porque juridicamente só há delação quando há homologação”, destacou o ministro da Justiça a jornalistas.

Em entrevista ao Metrópoles, Domingos Brazão negou que tenha sido mandante do assassinato da vereadora.

Transição

Dino fica no cargo até o final de janeiro, quando sai para assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele será substituído por Ricardo Lewandowski, que já foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e assume o cargo no início de fevereiro.

Lewandowski afirmou que seguirá com o trabalho da gestão de Dino, realizando ajustes quando for necessário. “Nós empregamos, e a imprensa também, nos últimos dias, a expressão ‘transição’. Não verdade não é uma transição, [mas] uma continuidade”, afirmou.

Lewandowski assume o MJ a partir de 1º de fevereiro, conforme publicação no Diário Oficial desta semana. Dino voltará para o Senado e tomará posse no Supremo Tribunal Federal no dia 22 de fevereiro.

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