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Caso Marielle: preso há 114 dias, Domingos Brazão chora em depoimento

Conselho de Ética ouve testemunhas no processo que pode resultar na cassação do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ)

atualizado

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Câmara dos Deputados
Foto colorida do depoimento do conselheiro Domingos Brazão no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do depoimento do conselheiro Domingos Brazão no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados - Metrópoles - Foto: Câmara dos Deputados

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados realiza, nesta terça-feira (16/7), a oitiva do deputado federal Chiquinho Brazão e de seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ). Domingos foi o primeiro a prestar esclarecimento e chorou ao falar do período em que está preso – 114 dias até agora.

“O Parlamento tem que fazer justiça ao Chiquinho Brazão. Isso é um erro irreparável. Eu confio na Justiça de Deus”, iniciou Domingos Brazão. “Vai ficar essa sequela desse sofrimento, você saber que é inocente, você ficar em uma penitenciária federal. Perdi quase 20 kg, não poder ver os seus amigos. A gente é inocente”, seguiu, emocionado, o conselheiro afastado do TCE-RJ.

Confira:

Chiquinho Brazão está na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) e Domingos Brazão, na Penitenciária Federal de Porto Velho (RO). Eles foram presos em março deste ano, junto de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ).

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Além de Marielle, criminosos assassinaram Anderson Gomes, motorista do carro em que ela estava
Delegado da PCRJ Rivaldo Barbosa
Trio suspeito de ser mandante da morte de Marielle Franco tem voto de Flávio Dino para manutenção de prisão
Momento em que os acusados começam a descer do avião da PF
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Além de Marielle, criminosos assassinaram Anderson Gomes, motorista do carro em que ela estava

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Delegado da PCRJ Rivaldo Barbosa

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Breno Esaki/Metrópoles @BrenoEsakiFoto

Domingos Brazão destacou não conhecer a vereadora Marielle Franco ou o delegado Rivaldo Barbosa, preso pela PF por suspeita de envolvimento no crime. “Um absurdo o que aconteceu com a vereadora. Infelizmente no Rio de Janeiro já aconteceu com vários outros parlamentares. Eu pessoalmente não conheci a vereadora, mas é claro que é um absurdo esse crime e tem que ser punido com rigor.”

“Eu não tenho sequer o contato do delegado Rivaldo Barbosa. Não estive pessoalmente com o delegado Rivaldo Barbosa”, completou Domingos Brazão.

A bancada do PSol na Câmara dos Deputados pediu a cassação de Chiquinho Brazão por quebra de decoro parlamentar logo após a prisão do congressista. A deputada Jack Rocha (PT-ES) é a relatora do processo no Conselho de Ética.

Em 16 de maio, Jack Rocha apresentou o plano de trabalho com a previsão do depoimento de 15 testemunhas, incluindo Chiquinho Brazão. A relatora do processo aceitou a oitiva de indicados pela defesa do deputado federal, como Rivaldo Barbosa e outros nomes.

Além dos irmãos Brazão, irão prestar depoimento ao Conselho de Ética nesta terça Thiago Kwiatkowski Ribeiro, vice-presidente do TCM-RJ; e Carlos Alberto Lavrado Cupello, ex-deputado estadual.

Até o momento, já foram ouvidos:

  • Rivaldo Barbosa;
  • Willian Coelho, vereador do Rio;
  • Paulo Sérgio Ramos, ex-deputado federal;
  • Tarcísio Motta (PSol-RJ), colega de Marielle na época do crime; e
  • Marcos Rodrigues Martins, ex-assessor de Chiquinho Brazão.

O processo contra Chiquinho Brazão segue na fase de instrução probatória, quando são coletadas provas documentais e testemunhais. Essa etapa deve durar, no máximo, 40 dias úteis.

O presidente do Conselho de Ética, Leur Lomanto Júnior (União-BA), indicou que o processo deverá ocorrer no período regimental. “Cumpriremos os prazos regimentais e analisaremos o parecer da relatora no início de agosto”, informou o deputado.

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