Caso Marielle: PM suspende apuração sobre envolvimento de Ronnie Lessa
Corporação informou que investigação será retomada após a conclusão do caso na Justiça. Ronnie Lessa e ex-PM Élcio Queiroz são réus
atualizado
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A Polícia Militar do Rio de Janeiro suspendeu, temporariamente, uma investigação interna relacionada à conduta do agente reformado Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Gomes, em março de 2018.
Lessa foi preso um ano após o crime, juntamente com o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, acusado de dirigir o carro que perseguiu a política após ela sair de um evento na Lapa, região central do Rio.
A PM informou ao Metrópoles que a apuração ficará suspensa até a conclusão do caso Marielle no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). Ronnie Lessa e Élcio Queiroz respondem por duplo homicídio triplamente qualificado – por motivo torpe, mediante emboscada e impossibilidade de defesa das vítimas. A corporação reforçou que os processos administrativos não foram arquivados, e sim, sobrestados – isto é, aguardarão “o processo criminal que está em andamento”.
Na quarta-feira (6/10), foi aberta outra investigação interna contra Ronnie Lessa devido à condenação dele, da esposa e de dois amigos por destruição de provas do caso Marielle em julho deste ano. Eles são acusados de arquitetar um plano de jogar armas no mar, inclusive a submetralhadora usada para atirar contra o carro em que a vereadora estava.
A esposa de Lessa, Elaine Pereira Figueiredo Lessa, e os amigos chegaram a ser soltos para responder ao processo em liberdade. Porém, dois dias depois, a mulher voltou para a cadeia acusada de tráfico internacional de armas. Ela e o marido foram denunciados pelo Ministério Público Federal.