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Caso Marielle: Moraes mantém prisão do delegado Rivaldo Barbosa

O ex-chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro está preso preventivamente por envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco

atualizado

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Fernando Frazão/Agência Brasil
O chefe de Polícia Civil, delegado Rivaldo Barbosa Caso Marielle - Metrópoles
1 de 1 O chefe de Polícia Civil, delegado Rivaldo Barbosa Caso Marielle - Metrópoles - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, nesta sexta-feira (17/5), pedido de soltura apresentado pela defesa de Rivaldo Barbosa de Araújo. O ex-chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro está preso preventivamente por envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

A defesa, além de discordar dos motivos que levaram à prisão, citou pontos relacionados à condição de saúde do ex-chefe da PCERJ. A Procuradoria-Geral da República, no entanto, afirmou, em manifestação que “não há comprovação documental de seu estado clínico e da necessidade de intervenção médica que a unidade prisional não seja capaz de oferecer”.

O PGR, Paulo Gonet Branco, ainda defendeu o envio de ofício à Secretaria de Administração Penitenciária para que “realize a avaliação do seu estado atual de saúde, atestando eventual necessidade de cuidados específicos e continuados, mediante a elaboração de relatório médico detalhado”. Moraes atendeu a demanda e deu prazo de 48 horas para cumprimento.

Em março deste ano, uma operação da PF prendeu os suspeitos de mandar matar Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. A operação também mirou crimes de organização criminosa e obstrução de justiça no Caso Marielle.

Foram presos o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ); o irmão dele, Domingos Brazão, que é conselheiro do Tribunal de Contas do Rio; e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa.

Na última semana, a PGR apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra quatro pessoas. Foram responsabilizados pelo duplo homicídio: o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Inácio Brazão, o deputado federal João Francisco Inácio Brazão, Rivaldo Barbosa de Araújo Júnior e Ronald Paulo de Alves Pereira.

A PGR considerou que Marielle foi morta por representar um obstáculo para os interesses econômicos dos irmãos Brazão. “Marielle se tornou, portanto, a principal opositora e o mais ativo símbolo da resistência aos interesses econômicos dos irmãos. Matá-la significava eliminar de vez o obstáculo e, ao mesmo tempo, dissuadir outros políticos do grupo de oposição a imitar sua postura”, escreveu Hindemburgo Chateaubriand, vice-procurador-geral da República.

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