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Caso Marielle: Moraes derruba sigilo da delação de Ronnie Lessa

O ministro tornou públicos os Anexos 1 e 2 do do acordo de colaboração com a Polícia Federal, bem como os vídeos a eles relacionados

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Foto colorida de Ronnie Lessa
1 de 1 Foto colorida de Ronnie Lessa - Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou sigilo da delação premiada do ex-policial militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa, apontado como o atirador responsável pelas mortes da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes em março de 2018.

Segundo o ministro explicou na decisão, “diante de inúmeras publicações jornalísticas com informações e trechos incompletos dos vídeos relativos às declarações prestadas por Ronnie Lessa em sede de acordo de colaboração premiada, torno públicos os Anexos 1 e 2 do referido acordo, bem como os vídeos a eles relacionados, conforme concordância da Polícia Federal que apontou não existir mais necessidade do sigilo para as investigações”.

Em trechos isolados anteriormente divulgados, Lessa contou que o acordo fechado com os irmãos Brazão valia cerca de US$ 10 milhões.

Segundo Lessa, Domingos, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ), deputado federal, ofereceram um loteamento no bairro de Jacarepaguá, na zona oeste carioca, em troca da morte da vereadora.

“Não é uma empreitada para você chegar ali, matar uma pessoa e ganhar um dinheirinho. Não”, disse Lessa aos policiais. O vídeo da delação premiada do ex-policial militar foi revelado pelo Fantástico no fim de maio.

Ronnie Lessa contou em delação premiada que Chiquinho e Domingos Brazão são os mandantes da morte de Marielle Franco. Ainda de acordo com o ex-policial, os irmãos Brazão teriam oferecido para ele e para Edmilson da Silva de Oliveira, o Macalé, um loteamento clandestino na zona oeste do Rio, que valeria milhões de reais no futuro.

“Era muito dinheiro envolvido. Na época ele falou em R$ 100 milhões, que realmente, as contas batem. R$ 100 milhões o lucro dos dois loteamentos. São 500 lotes de cada lado”, enfatizou Lessa.

“Ninguém recebe uma proposta de US$ 10 milhões simplesmente pra matar uma pessoa. Uma coisa assim impactante”, completou.

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Ronnie Lessa foi preso em 2019 por matar Marielle Franco
Chiquinho Brazão
O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão
Edmilson Macalé seria um suspeito-chave no caso Marielle e foi assassinado
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Socióloga e ativista foi assassinada em 14 de março de 2018

Renan Olza/Camara Municipal do Rio de Janeiro
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Ronnie Lessa foi preso em 2019 por matar Marielle Franco

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Chiquinho Brazão

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
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O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão

Tércio Teixeira/Flickr Domingos Brazão
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Edmilson Macalé seria um suspeito-chave no caso Marielle e foi assassinado

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Prisão

Atualmente, Ronnie Lessa está preso na Penitenciária Federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Segundo a PF, ele teria efetuado os disparos que mataram Marielle e Anderson, em 14 de março de 2018, no centro do Rio de Janeiro. Moraes, no entanto, atendeu a pedido da defesa e autorizou a transferência do colaborador ao Complexo Penitenciário de Tremembé/SP, “observadas as regras de segurança do estabelecimento prisional, mediante monitoramento das comunicações verbais ou escritas do preso com qualquer pessoa estranha à unidade”, disse.

Domingos e Chiquinho, apontados por Lessa como autores intelectuais do crime, também estão presos. Chiquinho, que é deputado federal, enfrenta um processo de cassação na Câmara dos Deputados e pode perder o mandato.

Lessa também citou o ex-chefe de Polícia Civil Rivaldo Barbosa como suposto responsável pelo planejamento da morte de Marielle Franco.

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