Caso Marielle: Lessa vai depor pela 1ª vez no STF depois da delação
Depoimento do ex-sargento da PM está marcado para as 13h desta terça (27/8). Preso desde 2019, ele fez delação sobre caso Marielle neste ano
atualizado
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O ex-sargento da Polícia Militar (PM) Ronnie Lessa vai depor no Supremo Tribunal Federal (STF), na terça-feira (27/8), pela primeira vez desde que fez acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF). Lessa é réu por ter matado a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes na noite de 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro (RJ).
A audiência para ele falar está marcada para as 13h (horário de Brasília). Na delação acordada com a PF, o ex-PM entregou os mandantes do crime.
Lessa está preso na penitenciária 1 do Complexo de Tremembé desde 20 de junho deste ano por um pedido dele mesmo, acatado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. No total, já faz 5 anos que ele está preso pelo assassinato da vereadora.
O caso está atualmente na fase das audiências de instrução, que precede o júri popular e a sentença.
Assassinatos de Marielle e Anderson tiveram repercussão nacional
Marielle Franco e Anderson Gomes foram brutalmente assassinados a tiros na região central do Rio de Janeiro. Um veículo emparelhou com o carro em que Marielle estava, e o atirador efetuou 13 disparos, atingindo fatalmente a vereadora e o motorista. Uma assessora que estava ao lado de Marielle sobreviveu ao ataque.
Segundo as investigações, o ex-policial militar Ronnie Lessa foi o executor do crime. Posteriormente, Lessa fez delação premiada e revelou a participação de outros envolvidos. O ex-PM Élcio de Queiroz confessou ser o motorista do veículo utilizado no dia do assassinato.
Entre os réus do caso Marielle estão o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Inácio Brazão, o deputado federal João Francisco Inácio Brazão, que é irmão do conselheiro; o delegado Rivaldo Barbosa; o policial militar Ronald Paulo de Alves Pereira; e o ex-PM Élcio.