Caso Marielle: Lessa descobriu morte de Anderson em bar, após o crime
O ministro do STF Alexandre de Moraes retirou o sigilo da delação do assassino confesso de Marielle Franco, Ronnie Lessa
atualizado
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O ex-policial militar Ronnie Lessa afirmou que soube da morte do motorista Anderson Gomes após o crime, quando estava em um bar com Élcio de Queiroz. A informação consta na delação premiada fechada com a Polícia Federal (PF), que teve o sigilo levantado nesta sexta-feira (7/6).
Em depoimento, Ronnie disse que um garçom do estabelecimento mostrou a ele fotos de um crime no Centro, mas que a “ficha não teria caído” inicialmente. “Aí vi nas fotos do WhatsApp que o motorista estava morto”, afirmou. “Não era a finalidade também”.
No local, a dupla encontrou com o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel. Lessa teria pedido a ele ajuda para destruir o carro utilizado no crime, o que ocorreu no dia seguinte.
Marielle Franco era vereadora da cidade do Rio de Janeiro pelo PSol, e foi morta a tiros em março de 2018. O carro em que ela estava foi atingido por 13 disparos, que também mataram o motorista Anderson Pedro Gomes e feriram uma assessora da política.
Delação premiada
Em decisão nesta sexta-feira (7/6), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o levantamento do sigilo do acordo de delação premiada do ex-PM. O magistrado ainda decidiu pela transferência do ex-policial militar Ronnie Lessa ao Complexo Penitenciário de Tremembé, em São Paulo.