Caso Marielle: criminosos obstruíram investigação, diz relator na CCJ
Deputado Darci de Matos, relator da prisão de Chiquinho Brazão na CCJ, votou para manter detenção do parlamentar. CCJ analisa caso Marielle
atualizado
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O deputado Darci de Matos (PSD-SC) finalizou, nesta terça-feira (26/3), o parecer sobre o processo de prisão do parlamentar Chiquinho Brazão (RJ), acusado de idealizar a morte de Marielle Franco e Anderson Gomes.
Darci de Matos votou para manter a prisão do deputado. O relatório será apresentado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados nesta tarde.
“Entre os atos praticados para obstruir as investigações figuram, além da não realização de diligências frutíferas – providência esperada de um aparato policial eficiente –, relata-se também a desídia na captação e análise das imagens de circuito fechado, que são de fundamental importância na identificação célere dos executores e na elucidação dos crimes”, diz o texto.
E o documento completa: “O conjunto de atos de obstrução teve a participação de diversas pessoas, configurando o claro envolvimento de uma organização criminosa”.
CCJ da Câmara vota prisão no caso Marielle
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados vota, a partir das 14h, a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão, um dos idealizadores do crime.
A Constituição Federal determina que, por ser parlamentar, Chiquinho Brazão tem o mandato inviolável civil e penalmente — exceto nos casos de prisão em flagrante por crime inafiançável. Por isso, caberá à Casa analisar a decisão da Suprema Corte. O processo terá relatoria do deputado Darci de Matos (PSD-SC).
Depois da análise na CCJ, o processo precisará ser analisado pelo plenário. Após a leitura e a discussão do parecer, os deputados devem votar sobre a manutenção da prisão. O quórum é de maioria absoluta, ou seja, 257 deputados. A votação é aberta. Após a decisão da Casa, a presidência da Casa promulga a resolução durante a sessão.